Ter tantas saudades de Portugal e encontrá-lo já aqui, quase ao virar da esquina, ainda antes de apanharmos o avião para casa.
Trotinetes, bicicletas e muito verde. As folhas amarelas e vermelhas pintam o chão da cidade. Munique está cheia de sol, mas é no primeiro restaurante português da cidade que encontramos o verdadeiro significado de calor
Longe do centro e escondida dos olhares mais desatentos fica a casa onde, entre 1911 e 1918, o pintor austríaco Gustav Klimt criou as suas últimas obras.
Depois de deixarmos a escura Budapeste, chegamos a uma Viena iluminada cheia de pessoas que nos sorriem. Numa antiga fábrica de locomotivas encontrámos um dos palcos da cultura alternativa da cidade
Em Budapeste sente-se a pressão de um governo ditatorial e nacionalista que tenta alterar o passado em proveito próprio. Mas há ativistas que não desistem de manter vivo o respeito pelas vítimas da história de um país que parece ter esquecido o seu legado
A fronteira da Sérvia foi a mais complicada de passar. Mandam-nos sair do autocarro, abrem-se todos os possíveis compartimentos e percebemos mais tarde que a situação do tráfico de migrantes assim o exige. Os que trabalham com o assunto contam-nos que a Sérvia está lotada e os que vieram a sonhar com a Europa não…
O projeto chama-se Skopje 2014, é financiado pelo governo e pretende cobrir a cidade de um tom mais histórico, mais imperialista… “mais kitsch”, dirão os críticos. E conseguiu: cerca de 500 milhões de euros depois, a capital da Macedónia é agora um parque de diversões neoclássico onde talvez haja mais estátuas do que pessoas.
Ao visitar a capital da Macedónia fica-se com a sensação de que as ruas foram invadidas por seres inanimados de bronze, de todos os tamanhos e feitios. A estética é questionável, o número total de estátuas, ninguém sabe ao certo
São reconhecidos, mas apenas por 111 Estados-membros das Nações Unidas. São kosovares, mas falam, oficialmente, albanês e sérvio. Estiveram em guerra até 1999, mas são talvez o povo mais hospitaleiro que conhecemos nesta viagem.
Eram crianças quando foram enviados como refugiados para outros países, assim que rebentou a guerra. Hoje não há espaço para muitos sonhos, já que não podem conhecer o que há para lá das fronteiras de alguns dos países vizinhos