Entre os mortos estão oito mulheres e oito crianças, mas as equipas de resgate ainda se encontram no local à procura de vítimas que possam estar entre os escombros.
“Como potência ocupante, Israel tem obrigações inequívocas ao abrigo do direito internacional”, disse o secretário-geral da ONU.
A “investigação preliminar revelou que as tropas abriram fogo devido à perceção de uma ameaça” e que “todas as alegações relativas a este incidente serão examinadas durante a investigação e apresentadas de forma detalhada e completa para decidir como lidar com este evento”.
Na quarta-feira, Donald Trump anunciou a aplicação de uma taxa alfandegária de 17% a produtos importados de Israel, no âmbito das novas tarifas a aplicar pelos EUA
Israel diz ter dado ‘luz verde’ à retirada de civis das zonas de combate, por canais que foram organizados com esse intuito.
Três das mortes ocorreram na sequência de um bombardeamento de uma casa num bairro no leste da Cidade de Gaza.
“E quanto menos eles cederem, mais a pressão aumentará até que o façam”, disse Netanyahu sobre o Hamas, que ainda mantém 59 reféns em cativeiro em Gaza
Durante esta noite, Israel avançou com uma série de ataques a postos do sul de Khan Yunis e Rafah.
Cessar-fogo que estava em vigor “oferecia uma rede de segurança de que as crianças da Faixa de Gaza precisavam desesperadamente”, mas, com a retoma dos ataques na região, “as crianças estão de novo mergulhadas em um ciclo de violência mortal e privações”.
Desde o início da guerra, em outubro de 2023, já foram contabilizadas 50.277 mortes: a maioria são mulheres e crianças.
“Quanto mais o Hamas persistir na sua recusa em libertar os nossos reféns, mais poderosa será a pressão que iremos exercer”, frisou Netanyahu.
Ministério das Relações Exteriores brasileiro anunciou que “tomou conhecimento, com profunda consternação, da morte do cidadão brasileiro Walid Khalid Abdalla Ahmad, de 17 anos, na prisão israelita de Megido”.
Também hoje, Telavive referiu que tinha intercetado três ‘rockets’ disparados a partir de Gaza: dois foram reivindicados pelo braço armado da Jihad Islâmica (Brigadas al-Quds) e o terceiro pelo Hamas.
Ao longo da última semana, os Houthis lançaram ataques contra navios israelitas. Os EUA responderam e Israel voltou ao ataque em Gaza. Assim, o cessar-fogo, que já era frágil, caiu por terra.
“Quanto mais o Hamas mantiver a sua recusa, mais território perderá, que será anexado a Israel”, pode ler-se num comunicado do Ministério, esta sexta-feira divulgado.
Os ataques terão ocorrido nas cidades de Rafah e Khan Yunis, situadas no sul da Faixa de Gaza, e contra o campo de refugiados de Al-Bureij, no centro.
Recorde-se que o cessar-fogo entre o Hamas e Telavive foi quebrado esta semana, na terça-feira, quando Israel retomou os ataques conta a Faixa de Gaza.