Chegou às salas de cinema um filme que nos devolve ao tribunal dos cafés e ao sonho, onde as lembranças e a imaginação mais vibram e se articulam. É uma homenagem a O’Neill e uma celebração para ajudar a digerir um tempo rendido ao medo.
Lisboa, 1936. Ano de temporais, de chuva contínua, de mortes. Palavras de João Botelho que para este seu mais recente filme se apropriou agora das de Saramago na primeira adaptação que faz do Nobel da Literatura português. E de Saramago, garante, andou mais próximo em O Ano da Morte de Ricardo Reis, que acaba de…
Depois de “Os Maias”. João Botelho fez-se ao mar numa caravela para a aventura de adaptar a obra que mais se fez delas: “Peregrinação”, de Fernão Mendes Pinto. Em parte exercício de repensar o colonialismo, noutra a continuação desse ofício de lutar “contra a perda da memória”
Já está nas salas portuguesas “O Cinema, Manoel de Oliveira e Eu”, a obra de João Botelho em que o realizador presta homenagem ao seu mestre, que morreu em abril de 2015
Não estava previsto, mas João Botelho não gosta de cumprir o guião à risca. Ou melhor, João Botelho dá-se bem com o improviso, mesmo quando apanha todos desprevenidos. Foi esta ‘partida’ que o realizador português pregou em Cabo Verde à equipa que o acompanhou durante umas gravações locais, numa manhã nublada de Abril, ao decidir…
Assinou alguns dos mais importantes filmes do cinema português e agora leva às salas Os Maias, adaptado da obra de Eça de Queirós. João Botelho estudou Engenharia Mecânica, mas apaixonou-se pelo cinema enquanto fugia das praxes em Coimbra. Eterno contestatário, diz que o 25 de Abril foi o dia mais feliz da sua vida, ainda mais…