Deputados reagiram à notícia de detenção do empresário madeirense. Para uns, representa uma “boa notícia”; para outros é a oportunidade para que a justiça funcione. Mais reticente está o presidente do Governo da Madeira, que defende que deve ser dada a Berardo a “oportunidade de esclarecer” as autoridades.
A detenção do empresário ocorreu mais de dois anos depois da polémica audição no Parlamento, na comissão de inquérito à gestão da CGD onde garantiu que só tinha uma garagem, não tinha dívidas e rejeitou a ideia de ter ficado “com muitos milhões” dos portugueses.
Joe Berardo irá passar a noite nos calabouços da PJ em Lisboa.
O empresário feito comendador nasceu na Madeira, fez fortuna na África do Sul e tem das maiores coleções de arte na Europa. (Artigo republicado)
Deputada do Bloco já reagiu à notícia da detenção de Berardo, que após uma pergunta sua, na Comissão de inquérito, garantiu não ter dívidas.
Serão ouvidos pelo juiz Carlos Alexandre. Recorde o vídeo do momento em que Joe Berardo disse na comissão de inquérito que não tinha dívidas.
Obras vão continuar à guarda do Estado.
A informação foi avançada por fonte próxima do colecionador.
Associação Coleção Berardo e os banco que aceitaram as obras como garantia para os créditos tem de entregar inventário
Arresto de dois imóveis e outros bens de Joe Berardo foram, para já, as consequências imediatas que resultaram da sua audição sobre a Caixa Geral de Depósitos. Mas a lista de grandes devedores do banco público é muito mais extensa, e se uns dizem não ter dinheiro, outros já foram declarados insolventes.
Empresário não entregou documentos pedidos pela Comissão de Inquérito
Berardo tem uma dívida fixada nos 450 milhões de euros à CGD
Imóveis estão avaliados em quatro milhões. Pedido de arresto foi feito pela Caixa. Advogado diz que empresário ainda não foi notificado.
Empresário pretende abrir um museu para a coleção de azulejaria e outro para a sua coleção de arte africana.
Acho inacreditável que o senhor não se lembre dos 350 milhões que emprestou ao senhor Berardo”
“Daqui a uns anos – quando a História puder ser feita, veremos que aquilo que alguns denunciavam, como foi o nosso caso, com custos altíssimos – facilmente se perceberá que Portugal viveu um dos seus momentos mais tenebrosos no que diz respeito à falta de transparência da vida pública”
“Não tenho memória disso nem de nada do género”, afirmou. Documentos desmentem ex-governador do Banco de Portugal.
Empresário pediu para ter acesso à gravação da sua audição