uando, em setembro de 2017, recebi o seu livro 25 de Abril e Outras Transições, pensei: ‘Ora aí está alguém que daria uma excelente entrevista!’. Assim, entrei em contacto com a editora Dom Quixote, que me prontamente me cedeu um endereço de email, avisando contudo que o embaixador residia em Bruxelas. José Cutileiro respondeu cordialmente…
Desapareceu, no melhor dia para se morrer, aos 85 anos, o embaixador, antropólogo e escritor José Cutileiro. Um homem que tinha a sua colher de pau no tacho em que a História da Europa e do mundo das últimas décadas borbulhavam. Ele ia mexendo e provando e, fosse nas suas crónicas, fosse no terreno global…
O embaixador faleceu ontem, aos 85 anos, em Bruxelas. Foi um dos negociadores de Portugal à CEE.
Para o chefe de Estado, José Cutileiro “fez dos melhores comentários de política internacional, durante muitas décadas”.
O embaixador José Cutileiro morreu este domingo, em Bruxelas, aos 85 anos. Em novembro de 2017, o diplomata dava uma entrevista ao SOL onde falava sobre o seu livro de memórias e reflexões “Abril e Outras Transições” e recordava alguns dos momentos mais marcantes da sua vida. Uma entrevista que agora recordamos.
Considera que o 25 de Abril, tema central do seu mais recente livro, «foi o tirar uma carapaça enorme e desagradável». Mas também reconhece que a Revolução trouxe «muitas ilusões e muitas patetices». Aos 82 anos, José Cutileiro fala sobre o que viu e ouviu em lugares tão díspares como Oxford, o Soweto ou Cabul.