Cerca de duas centenas serão deslocados para outros locais, ainda este domingo.
O grupo, que foi levado para o centro de acolhimento de migrantes de Lampedusa, inclui quatro mulheres e dois menores.
Em menos de 24 horas chegaram mais de uma centena de embarcações à ilha italiana. Cuja população mais do que triplicou em poucos dias.
A pequena ilha italiana recebeu nos últimos dias cerca de 11 mil migrantes.
Vice-primeiro-ministro italiano diz que situação “não é explosiva, já explodiu”.
Até ao momento, este ano, 107.530 migrantes chegaram a Itália, mais do dobro do que no mesmo período do ano passado (52.954), segundo dados oficiais do Ministério do Interior.
Cerca de 2 mil pessoas estão atualmente no centro de acolhimento local, acrescentando que, apenas na quarta-feira, foi registada a chegada de 1.300 migrantes.
Os ocupantes do barco revelaram às autoridades que partiram de Sfax, na Tunísia, na madrugada de quinta-feira e que pagaram 1.500 dinares tunisinos (cerca de 450 euros ao câmbio atual) pela travessia.
Os últimos quatro desembarques, com 179 pessoas, realizaram-se na manhã desta segunda-feira. No domingo 640 pessoas chegaram à ilha.
“Quem não quer ver a situação insustentável a bordo é porque é incapaz de sentir empatia pela dor alheia”, escreveu a organização
Naufrágio foi reportado por ONG alemã na sexta-feira. Marinha italiana resgatou três dos ocupantes com vida e registou a morte de outros três.
Dos 138 resgatados, 15 eram mulheres e oito eram bebés
As Nações Unidas acusam a patrulha da União Europeia de ser ineficiente em salvar vidas, em sequência do naufrágio de duas pequenas embarcações provenientes do Senegal e do Mali, onde 203 pessoas morreram afogadas ou por hipotermia, no fim-de-semana.
A presidente da Assembleia da República, Assunção Esteves, anunciou hoje em Lampedusa a realização em Lisboa de um “encontro de alto nível” para discutir as questões da imigração e propor medidas às instituições europeias.