O surto de legionella que já matou dez pessoas e infectou mais de 330 teve origem numa das torres de arrefecimento da empresa ADP – Fertilizantes, em Vila Franca de Xira, confirmou o SOL junto de fonte próxima do processo.
O ministro do Ambiente, Jorge Moreira da Silva, mostrou-se hoje convencido de que “a culpa não morrerá solteira” no que respeita às vítimas do surto de legionella registado em Portugal.
O surto de legionella em Portugal já é o mais mortífero do mundo. As autoridades confirmaram ontem que uma mulher de 89 anos, residente no Forte da Casa, se tornou a oitava vítima da bactéria, o que faz com que a mortalidade do surto de Vila Franca Xira ultrapasse a registada nos surtos do Japão…
O número de mortes confirmadas por infecção com ‘legionella’ subiu para oito e o número de pessoas infectadas aumentou para 317, com mais num novo caso desde sexta-feira, segundo um balanço da Direcção Geral da Saúde (DGS).
A Adubos de Portugal (ADP) garantiu hoje que, desde 2012, faz análises à ‘legionella’ duas vezes por ano, tendo a última sido realizada em Maio, e que os resultados têm sido sempre negativos e remetidos para as autoridades competentes.
A direcção-geral da Saúde (DGS) admite que o numero de mortos por legionella possa chegar à dezena, o que fará do surto português o mais mortífero alguma vez registado no mundo.
O surto de infecção com legionella partiu mesmo das torres de arrefecimento, com as análises a confirmar que o “perfil molecular” da bactéria encontrada nos doentes é semelhantes ao das amostras recolhidas pelas equipas nas torres.
A DGS avançou que, desde ontem, surgiram cinco novos casos de infecção por legionella com ligação ao surto de Vila Franca de Xira, subindo para 316 o número de pessoas infectadas.
A história de dona Tina, de 81 anos, foi crucial para as autoridades descobrirem que a origem do surto de legionella em Vila Franca de Xira estará nas torres de refrigeração da Adubos de Portugal (ADP), junto ao rio Tejo.
Os enfermeiros cumprem desde as 00:00 de hoje o primeiro de dois dias de greve nacional em protesto pelos cortes salariais nas horas extraordinárias, exigindo a progressão na carreira e a reposição das 35 horas de trabalho semanais.
O Ministério Público abriu um inquérito às mortes causadas pelo surto de legionella e às suspeitas de crime ambiental na fábrica Adubos de Portugal. Ao SOL, a Procuradoria Geral da República confirma que a investigação está a ser feita pelo DIAP da Comarca de Lisboa Norte.
O Sindicato dos Enfermeiros Portugueses (SEP) anunciou esta quinta-feira que vai manter a greve nacional, marcada para sexta-feira e dia 21, respondendo negativamente ao apelo do governo para reconsiderar as datas do protesto, tendo em conta o surto de legionella.
Três militares e uma familiar de um elemento da GNR estão internados no Hospital das Forças Armadas (HFAR), em Lisboa, infectados com a bactéria legionella, afirmou à Lusa fonte das Forças Armadas.
O Ministério da Saúde pediu ao Sindicato dos Enfermeiros para reconsiderar as datas da greve nacional, marcada para esta sexta-feira e para dia 21, tendo em conta o cenário “extraordinário” do surto de legionella.
Pelo menos duas pessoas estão infectadas com a bactéria da legionella, nos hospitais do Algarve, disse hoje à Lusa fonte do Centro Hospitalar do Algarve (CHA).
O surto de legionella agora registado em Vila Franca de Xira tornou-se o terceiro com mais casos em todo o mundo, segundo mostram os dados do Centro Europeu de Prevenção e Controlo de Doenças (ECDC, na sigla inglesa).
Existem 24 novos casos de infecção por legionella, avança a Direcção-Geral de Saúde. Estão confirmados cinco óbitos e existem outros quatro em investigação.
O secretário de Estado da Saúde afirmou hoje que as autoridades estão convictas de que eliminaram todas as fontes de contaminação por legionella em Vila Franca de Xira e que o assunto “está resolvido”.