Mais de 14 por cento dos votos das legislativas de 04 de outubro não contaram para a eleição de deputados por serem considerados excedentes pelo método que Portugal utiliza neste sufrágio.
O secretário-geral do Partido Comunista Português (PCP) disse hoje que “estalou o verniz democrático a muitos” face à possibilidade de um governo à esquerda e reiterou que o Partido Socialista (PS) só não forma governo se não quiser.
Pedro Passos Coelho conta ser indigitado primeiro-ministro pelo Presidente da República e convidado a formar governo muito em breve. As pressões vindas de Bruxelas e as dificuldades de António Costa em chegar a um acordo com o PCP e com o BE dão alento à coligação PSD/CDS para acreditar que estará em condições de se…
“Estamos perante um país em estado de choque, uma grande parte em grande pânico pela interpretação que está a ser dada aos resultados eleitorais, que é uma interpretação abusiva e que corresponde a um verdadeiro golpe de Estado”, disse Manuela Ferreira Leite, ontem à noite, na TVI24.
O Presidente da República, Aníbal Cavaco Silva, recebe os partidos políticos que elegeram deputados nas legislativas de 04 de outubro nos próximos dias 20 e 21, anunciou hoje a Presidência.
A coligação PSD/CDS-PP é a força política mais votada com 38,57% dos votos e com 107 mandatos nas eleições legislativas de 04 de outubro, depois de apurados os resultados nos consulados, na quarta-feira.
Apenas 28 mil emigrantes, dos cerca de 242.000 eleitores inscritos no recenseamento dos círculos eleitorais da Europa e Fora da Europa, votaram nas eleições legislativas de 04 de outubro.
António Costa descansa pela terceira vez em dois dias os mercados, agora numa entrevista ao Financial Times, dando a garantia que o PS está pronto para liderar um Governo anti-austeridade, com o apoio da extrema-esquerda, que não colocará em causa os compromissos internacionais de Portugal.
Sérgio Sousa Pinto avisa que PCP e BE não querem ir para o Governo. “Querem um Governo fraco do PS, para derrubarem quando for oportuno”, escreve o socialista, no Facebook. E responde às “acusações torpes ou de anticomunismo primário” de que tem sido alvo desde que criticou a estratégia do PS de António Costa de…
Os resultados da votação nos círculos da Europa e Fora da Europa, nas eleições legislativas do passado dia 04, são hoje anunciados em Lisboa.
António Costa dá a garantia que é o PS que está em “melhores condições” que a direita para formar um Governo estável e que cumpra os compromissos internacionais. A aproximação a PCP e BE torna-se mais clara bem como o afastamento de um acordo com Passos e Portas.
Entre os pequenos partidos há uma nova divisão a separar os que têm a sobrevivência política e financeira assegurada e os que ficam com o futuro interrogado. A barreira são os 50 mil votos.
O setor financeiro mantém-se hoje pressionado como aconteceu na segunda-feira e os investidores estão a aguardar pelo anúncio da formação do novo governo português.
À saída do encontro com o secretário-geral do PS, que decorreu esta manhã, a coordenadora do BE Catarina Martins mostrou-se otimista, assegurando que “estão criadas as condições de consenso básico” com os socialistas.
A reunião da Comissão Política do PS já não vai ser amanhã. António Costa revelou, à saída da reunião com o BE, que afinal não será esta terça-feira que os socialistas vão analisar a situação e discutir opções, porque ainda estão a decorrer encontros que podem alterar tudo.
A Comissão Europeia disse hoje estar em “contacto próximo” com as autoridades portuguesas relativamente à apresentação do plano orçamental para 2016, salientando que “respeita” o processo de formação de governo, invocado por Lisboa para justificar um adiamento.