Há cientistas que lhe dão até uma data: em 2045 os humanos serão obsoletos e as máquinas vão passar a mandar no planeta Terra.
Em 1950, um oficial de marinha australiano embarcou a bordo de um bacalhoeiro português a convite do Estado Novo. Dessa viagem nasceu A Campanha do Argus, livro mítico sobre a odisseia do bacalhau, que acaba de ser reeditado entre nós. Conversámos com o autor do prefácio, Álvaro Garrido, que explica como era a vida a…
Esta conversa é sobre o último livro da escritora Filipa Martins. Na Memória dos Rouxinóis defende-se, em romance, a tese que é preciso esquecer para nos libertarmos. Uma tese que de alguma forma vimos a descobrir que está ligada à própria história familiar da autora.
A cerimónia de entrega dos prémios da Sociedade Portuguesa de Autores de 2018 foi donimada pelas críticas aos atrasos dos apoios da Direção-Geral das Artes.
Irmão de Gelo é o romance de uma artista visual catalã que virou sobre a cabeça o género e colheu louvores, com uma narrativa que se serve da épica dos exploradores do Ártico e Antártico no século passado para espelhar a vida íntima neste século
A Quetzal acaba de publicar uma nova versão da tradução de Frederico Lourenço da Odisseia. ‘Não existem traduções perfeitas’, avisa o helenista, mas esta foi aperfeiçoada e apresenta 300 novas páginas de notas e comentários.
Discreto, como quem, de mãos atrás das costas, se passeia num museu e se põe ao nosso lado. Um livro que puxa conversa e, cheio de subtilezas, de uma erudição vibrante, nos oferece uma das experiências da nossa vida
“E a minha festa de homenagem?” A pergunta – mal se acredita – é de O’Neill. Os doutores responderam como sabem num volume agora publicado pela Tinta-da-China
Na poesia, já não nos livramos, hoje, do ambiente de praça fétida em que o que há mais são pombos lerdos e os seus dejetos, as plaquettes. Mas não vale a pena desmobilizar já. Ainda se acha uma ou outra pérola no cagaçal
Recorde-se que no ano passado foram vendidos cerca de 400 mil exemplares na Feira do Livro.
Há muitas ambulâncias na ficção lusa, mas se andam às voltas e fazem um grande escarcéu, muitas vezes entrar nelas é como ir directo para a morgue. A maioria não dá com nenhum hospital. Com Abel Neves, nem a volta é muito grande nem a urgência é de vida ou morte, mas as suas narrativas…
Há um ano e meio, C. J. Tudor ganhava a vida a passear cães depois de ser continuamente rejeitada pelas editoras. Aos 46 anos é a nova autora-sensação britânica com “O Homem de Giz”, um livro que saiu da pilha para entrar nas livrarias de todo o mundo
Prémio Miguel de Cervantes, irmão da compositora Violeta Parra, mestre de Roberto Bolaño e eterno rival de Pablo Neruda. Aos 103 anos, morre o anti-poeta chileno Nicanor Parra
De muita coisa se fazem os seus poemas – até de arroz de tomate. E “receitas para a crise”. E virtuosismo. Não tivesse ele hoje má reputação e má imprensa e poderíamos colocar Ana Luísa Amaral no grupo dos poetas demasiado sábios do seu ofício.
Despedido pelo país mais boçal que Portugal consegue ser, o cineasta foi-se desta há década e meia como se ainda ontem. Entretanto, a Letra Livre tem vindo a seguir o rasto da sua mão e a publicá-lo deliciando uns e assombrando os demais
Sem espaço para floreados ou grandiloquências, a poesia desta destacadíssima pessoana – Mulher de «Esquerda interior» – passa ao largo do sisudo. Como passaram também os anos da sua docência, que tomou sempre convenientes distâncias de certas formalidades que inquinam a comunicação e do academismo de «fato escovado, bem posto, bem calçado», devidamente protegido em protocolar…
“A escrita, afinal, é uma espécie de dentada de cão: só sara, aplicando-lhe pêlo de outro cão”, disse a autora numa entrevista