Há exatamente um século, a 18 de novembro de 1922, o tempo parou. A existência de Marcel Proust, o escritor que isolou esse elemento fugidio que se mede por minutos, horas, dias e anos, chegou a um ponto final.
Como um advogado dos pecadores, loucos e desejosos frente ao tribunal da santa inquisição dos nossos dias, em O Ponto G do Homem um antropólogo italiano monta também uma defesa em causa própria, sinalizando o conteúdo ilícito e oracular do desejo e recusando a letra escarlate que se tem imposto à condição masculina.
Quarto autor brasileiro a receber esta distinção.
Especialista em Grécia antiga, Mendelsohn oferece-nos uma versão mais ligeira e optimista das deambulações de Sebald através de um espaço físico e psicológico marcado pela destruição.
Cabe à literatura puxar os assuntos que todos procuram evitar. E no romance A História de Roma, Bértholo concebeu uma cativante narrativa íntima que, a partir dos problemas que levanta a maternidade, nos faz enfrentar as questões mais duras que hoje se nos colocam.
Cabe à literatura puxar os assuntos que todos procuram evitar. E no romance A História de Roma, Joana Bértholo concebeu uma cativante narrativa íntima que, a partir dos desafios que levanta a maternidade, nos confronta com as questões mais duras que hoje se colocam perante nós.
Silviano Santiago “é um pensador capaz de uma intervenção cívica e cultural de grande relevância”, justificou júri.
No centenário da grande maestra das letras portuguesas o que não tem faltado são as mais solenes comemorações e os exaltantes epitáfios à desgarrada, mas o mais difícil continua por fazer, e isso obrigar-nos-ia a enfrentar a sua obra, não como um monumento glorioso, mas algo de mais útil e piedoso, uma consciência empenhada em…
Um clássico é um clássico, e Per, O Afortunado é o grande clássico da literatura dinamarquesa, tendo o seu autor, Henrik Pontoppidan, recebido o Nobel da Literatura em 1917.
A escritora francesa que se descreveu como “uma etnóloga de si mesma” torna-se a 17ª mulher entre os 119 autores laureados com o Nobel da Literatura.
Academia justificou a atribuição à autora pela sua “coragem” e “a cuidade clínica com que desvenda as raízes e os constrangimentos coletivos da memória pessoal”.
O único romance da poeta, e o primeiro capítulo de uma trilogia que nunca se concluiu, Malina tem no seu centro um triângulo amoroso numa Viena decadente, e joga com os limites da linguagem e da loucura, encerrando nas suas páginas o retrato da destruição de uma mulher.
Desde os tratados da Grécia clássica à Interpretação dos Sonhos de Freud, o homem tentou apreender a significação do seu estado diurno a partir dos sinais do estado nocturno.
Enquanto de todos os lados sopravam ventos de mudança, Portugal recusava abrir mão do império. E ‘evidenciou uma capacidade de resistência que ninguém – nem mesmo talvez o próprio Salazar – supunha que tivesse’, diz o autor. Orgulhosamente Sós – A diplomacia em guerra (1962-1974) conta a história destes anos dramáticos.
Nascido na década de 30, Thomas Bernhard constrói uma obra onde o mundo se encontra em estado terminal. Geada, o primeiro livro que publicou, surge agora em edição portuguesa, com tradução de Bruno C. Duarte e editado pela Dois Dias Edições.
Cadernos do Subterrâneo, que já foi descrito como ‘uma pequena obra-prima, algo obscura e intricada’, marca um ponto de viragem no percurso de Dostoiévski. Quase ignorado na sua época, é hoje um livro de culto e uma chave para compreender a obra do escritor russo.
Um dos maiores grupos editoriais nacionais apresentou, na segunda-feira, na Feira de Lisboa o seu plano de lançamentos para os próximos meses. Aqui ficam alguns dos destaques.