Sara Rodi. Autora de mais de quarenta livros para crianças, jovens e adultos, é também argumentista em diversos produtos de ficção televisiva e tem 4 filhos.
Sem o contributo que o mundo islâmico deu à ciência, hoje poderíamos não conhecer as obras de autores como Euclides, Ptolemeu e Galeno. A Península Ibérica teve um papel decisivo nesse processo, explica a autora de O Mapa do Conhecimento.
A ausência da Cultura nos programas eleitorais gerou alguma perplexidade e denúncias entre alguns dos nossos agentes do sector, mas enquanto estes continuam a exigir mais atenção e uma fatia maior do bolo orçamental, escusam-se por todos os meios a confrontar o vazio que garante a esterilidade das actuais “políticas culturais”.
Meio século passou sobre a revolução que nos deu a liberdade e sobre o curto período em que algo da ordem do desejo ou até da utopia se manifestou à escala do conjunto da sociedade, mas, como nos mostra alguma literatura, tudo isso logo foi reprimido.
O livro de estreia de um poeta nascido em Odessa, e que juntamente com a família obteve asilo nos EUA, leva-nos de volta à ferida mortal do século passado, e à lúcida e dolorosa memória que entre si traficam aqueles que procuram restituir à música a palavra num mundo de onde os sinos foram arrancados.
Carina João Oliveira, Diretora Executiva da INSIGNARE, critica a falta de apoios ao ensino profissional.
Um pequeno selo independente (Não Edições) acaba de publicar uma dessas discretas obras-primas da poesia contemporânea europeia, um livro seminal que se impôs como o mais fulgurante antecedente dos discursos que hoje procuram revigorar a criação literária deixando para trás as limitações e preconceitos da perpectiva antropocêntrica.
O Baedeker é hoje encarado como um símbolo do diletantismo das classes privilegiadas de Oitocentos. Talvez injustamente. Das 500 páginas sobre Paris e arredores, exatamente 101 são dedicadas ao Louvre.
Segundo a APEL, este é um “sinal claramente positivo para o setor”, que aponta para uma “resiliência” do mercado em época de retração económica.
Desde que o mais recente livro de Lídia Jorge foi publicado tudo se concertou na sua promoção para impedir que o leitor chegasse a ele sem levar em conta toda a aclamação aberrante que o cercou, sendo um livro que cumulou distinções e prémios num efeito sísmico do qual se esperaria que a leitura não…
Uma hora de leitura e ainda não tinha passado do primeiro capítulo. As minhas previsões estavam a revelar-se decididamente otimistas. Afinal qual era o problema deste livro para ter um tal efeito soporífero?
No momento em que se torna o primeiro autor afrodescendente a ser objecto de um estudo académico em Portugal, Djaimilia reune num volume três intervenções tentando problematizar o seu lugar enquanto mulher negra escritora, mas apesar de tomar um grande balanço parece depois refugiar-se numa ambivalência sem saída.
Independentemente do trabalho enquanto jornalista literária, Isabel Lucas pode figurar como um tipo, um exemplar acabado de uma forma de compreender o fenómeno literário.
A expressão foi usada pela primeira vez em 1961 para designar um livro profusamente ilustrado, de capa dura e dimensões gargantuescas. Onde arrumar semelhante monstro?
Precisa de ideias para presentes de última hora? Em contagem decrescente para o dia 25 de dezembro, apresentamos 25 sugestões. Da poesia à história, 25 livros para oferecer – aos outros ou até a si próprio.
Na sua 37.ª edição, o Prémio Pessoa quis celebrar o ecumenismo diluente de uma figura que tem produzido uma marca de espiritualidade consoladora que esvazia a fé de toda a exigência transformadora e a cultura das suas tensões mais vigorosas.
Enquanto a coleção não está completa, é sempre uma pedra no sapato. Olhamos para a prateleira e não vemos os volumes que lá estão, mas sim os que nos faltam.