No nosso país não houve outra editora que tenha aproveitado melhor a lição de Roberto Calasso sobre a vantagem de se criar uma colecção de “livros únicos”, buscando essa vertigem das obras cuja singularidade desafia as convenções que minam o espaço literário.
Inaugura-se hoje uma ampla retrospectiva do grande modernista português que, contando com mais de quatro centenas de trabalhos, muitos deles inéditos, consegue captar a diferença que fez de Almada um “poliglota das artes”, alguém que ainda hoje protesta contra todas as formas de fazer dele uma figura do passado