Ministro sublinha, no entanto, que não houve qualquer “falha financeira ou incumprimento”.
Mário Centeno garantiu que Portugal poderá receber cerca de mil milhões de euros em ajudas para financiar o mercado de trabalho, através dos apoios comunitários, no âmbito da pandemia.
Declarações de Centeno após reunião do Eurogrupo.
Mário Centeno admite “Portugal perdeu em abril 6,5% do PIB anual” e que “podemos estar a observar uma quebra no PIB superior a 15 mil milhões de euros” em 2020. Ministro das Finanças sublinha confiança na Europa e garante apoio superior a mim milhões para o mercado de trabalho.
Estado arrecadou menos 54,3 milhões de euros em impostos até março, de acordo com os dados da DGO, mas deverão cair mais. Já a despesa deverá disparar com a pandemia.
Ministro das Finanças admite perdas recorde no 2.º trimestre de 2020 (na ordem dos 20% do PIB), mas confia que no conjunto do ano a queda não vai ultrapassar os dois digitos. Nacionalizações não estão postas de parte.
Marcelo promulgou OE com a certeza de que terá de haver adaptações para combater a pandemia da covid-19. No PS já se fala em um ou mais retificativos e a crise está para durar.
Presidente do Eurogrupo garante que a Europa está a dar uma resposta sem precedentes para evitar que crise económica se transforme numa crise financeira.
“Assumi um cargo em que estou totalmente focado”, assegurou o governante. Que classificou possivel saída do governo como especulação ou folhetim.
Aumento de despesas e redução de receitas vão obrigar Governo a mudar o documento que ainda não foi promulgado por Marcelo Rebelo de Sousa. Economistas querem manter Centeno na pasta tendo em conta a atual conjuntura económica.
Presidente da Associação Integridade e Transparência diz que há “um conflito de interesses evidente e inultrapassável”.
Durante as jornadas parlamentares, houve fortes ataques contra o PSD e recordações de um passado feliz com a esquerda.
Governante não afasta hipótese, mas adia resposta final.
Para o ministro das Finanças, o OE ‘é sinónimo da credibilidade do caminho traçado’ pelo Executivo ao apresentar ‘o défice mais baixo da democracia e o crescimento económico mais alto dos últimos 20 anos’.
O ministro apelida a proposta do PS, de “orçamento da letra E: equilíbrio, economia, estabilidade, empresas, emprego e de Esquerda”.
Sondagem revela que um terço dos portugueses acredita que o Governo ficará pior com a saída do ministro das Finanças
“Nunca antes, em democracia, um Orçamento tinha sido feito em tão pouco tempo”, sublinhou o ministro.
Orçamento do Estado é um documento “de faz de conta” que tem sido “feito apenas para português ver”, afirmou a ex-governante social-democrata.