Criadas novas medidas de incentivo para cativar profissionais para os centros de saúde.
A relação não tem sido fácil nem para médicos, com fechos de serviços e pedidos de demissão em bloco, nem para doentes que se deparam com filas de espera intermináveis tanto para consultas como para cirurgias. Urgências são o principal calcanhar de Aquiles.
“Uma doente ofereceu-me resmas de papel que já distribuí por todos os gabinetes”, declara Maria João Tiago, médica de família e dirigente do Sindicato Independente dos Médicos.
Os médicos de família saem este sábado à rua em protesto. A regra que abre portas a novos médicos a ganhar mais do que quem está a trabalhar há 10 ou 20 anos aumenta a indignação.
Mais de 100 novos médicos de família não ficaram a trabalhar no SNS. Associação marcou protesto para sábado e pede à tutela que lhes pergunte porquê.
Candidataram-se 379 médicos para um total de 432 vagas.
Cobertura recuou 8 anos desde 2019. Médicos alertam para iniquidade e lamentam inação do Governo.
De acordo com o ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, “para formar um médico de família experiente não é preciso, se calhar, ter o mesmo nível, a mesma duração de formação, que um especialista em oncologia ou um especialista em doenças mentais”.
Marta Temido reiterou na AR que saúde é a grande prioridade orçamental, mas avisa que o ano vai ser “particularmente exigente”.
Primeiro-ministro assegura ainda que “os 3% que ficam a faltar serão rapidamente resolvidos no início da próxima legislatura”
Líder laranja quer contratualização no privado e no setor social para suprimir falta de médicos de família e financiamento dos hospitais públicos em função de resultados
Secretário de Estado Adjunto e da Saúde assumiu não dormir descansado por causa deste problema
Na região de Lisboa, onde mais faltam médicos de família, havia 218 lugares à disposição mas só foram ocupados 154.