“Somos um país que escolhe pôr dinheiro na banca e na TAP ao invés do SNS”, criticou Ana Rita Cavaco.
É preciso “um ministro que faça acontecer e que resolva os problemas que afetam a saúde em Portugal”, diz Miguel Guimarães.
Esta demissão “só por si não resolve os problemas de que o SNS em geral padece”, diz associação.
Marta Temido demitiu-se esta terça-feira do cargo de Ministra de Saúde por considerar que já reunia condições para continuar a exercer funções.
“Espera-se que o sucessor seja alguém motivado para resolver as carências e premências do SNS, criando condições para contratar mais profissionais de Saúde”, diz Pedro Costa.
Marta Temido apresentou esta terça-feira a demissão por considerar que “deixou de ter condições” para continuar a exercer o cargo.
Primeiro-ministro agradeceu “todo o trabalho desenvolvido” por Marta Temido, “muito em especial no período excecional do combate à pandemia da covid-19”, acrescentando que executivo “prosseguirá as reformas em curso tendo em vista fortalecer o SNS e a melhoria dos cuidados de saúde prestados aos portugueses”.
Marta Temido foi apanhada em férias pela crise no SNS e a falta de médicos. Mas teve de regressar a Lisboa, por ordem do PM, para dar a cara em conferência de imprensa. No PS, há guerra declarada entre fações na Saúde: com a atual ministra de um lado e o anterior, que ganha apoios,…
Costa reconhece danos estruturais no SNS, mas está confiante nas novas medidas.
Debate do OE 2022 da Saúde na AR prolongou-se por mais de cinco horas.
Jorge Roque da Cunha lembra que médicos “perderam cerca de 30% do seu poder de compra nos últimos 12 anos”.
“Estamos com alguma procura decorrente de casos de gripe” afirma Marta Temido.
Marta Temido afirma que os números atuais de novos casos estão “em linha com as estimativas”.
“Ao preferir investir na TAP e nos bancos, este Governo mostra que não tem como prioridade o SNS. Não recebemos lições de resiliência de quem quer que seja nem desculpas não sentidas”, garante Jorge Roque da Cunha, secretário-geral do Sindicato Independente dos Médicos.
Durante uma audição na Comissão Parlamentar da Saúde acerca da situação no Centro Hospitalar de Setúbal, Marta Temido foi questionada sobre a falta de médicos no Serviço Nacional de Saúde e o recurso às horas extras, ao que respondeu ser necessário contratar médicos com características de “resistência” e “resiliência”.
A ministra da Saúde considerou a “coesão nacional” como um fator determinante para o atual contexto pandémico do país.
Para a ministra da Saúde, o objetivo é “não voltarmos” ao momento mais crítico da pandemia, vivido nos primeiros meses do ano. Temido anunciou que faixas etárias abaixo dos 18 anos irão receber vacina no final de agosto.
As informações sobre as metas para atingir a imunidade de grupo devem ser reavaliadas “face àquilo que é a própria dinâmica da transmissão da infeção e a emergência de novas variantes”, apontou a ministra da Saúde.