Com dados até 15 de dezembro, há registo de 3.636 detidos, cinco pessoas desaparecidas e mais de 2.000 feridos
Autoridades judiciais dizem que não há mandado de captura em nome de Mondlane. Apoiantes do candidato da oposição falam em armadilha para o fazer regressar ao país.
Desde 21 de outubro, Moçambique vive sucessivas paralisações e manifestações, convocadas por Mondlane, em que pelo menos 103 pessoas morreram
“Mais uma tentativa falhada de me assassinarem. Caso eu seja abatido….o povo todo deve avançar com máxima força para a fase TURBO V8”, denunciou o candidato presidencial moçambicano.
A contestação em Moçambique continua nas ruas e a polícia voltou a reprimir com extrema violência. Uma ONG afirmou que foram mortas mais 12 pessoas nas manifestações dos últimos dois dias.
Os moçambicanos voltaram a manifestar-se, bloquearam as principais cidades e foram recebidos a tiro. Há registo de mais quatro mortos e de um atropelamento bárbaro que pode chegar ao Tribunal Penal Internacional.
“Estes acontecimentos sublinham os desafios mais vastos que se colocam à governação democrática e ao respeito pelo Estado de direito no continente africano”.
Numa mensagem publicada nas redes sociais, o candidato derrotado pediu aos moçambicanos que deixassem os carros na estrada logo de manhã e se manifestassem, com o objetivo de bloquear as ruas transformá-las em parques de estacionamento.
Venâncio Mondlane, o candidato que reclama a vitória nas eleições moçambicanas, conta como fugiu do país com a mulher e a filha, já sob ameaça da Polícia. Recorda a sua juventude ligada ao rock e às artes marciais, e diz que em Portugal se identifica com a Iniciativa Liberal.
São 20 os pontos na agenda, começando pela “reposição da verdade e justiça eleitorais” e a “responsabilização criminal e civil dos actores da falsificação do processo e documentos eleitoral”
Boa Morte sob fogo cerrado acusa Moçambique de falta de respeito.
A morte de um dirigente da Frelimo e o rapto da mulher de outro quadro do partido do Governo deixam Moçambique no fio da navalha. Nunca o regresso da guerra civil esteve tão perto de acontecer.
Venâncio Mondlane anunciou que as manifestações de protesto são para manter até que seja reposta a verdade eleitoral
Estava sequestrado numa residência no bairro Jonasse.
Desde outubro de 2017, a província de Cabo Delgado, rica em gás, enfrenta uma rebelião armada com ataques reclamados por movimentos associados ao grupo extremista Estado Islâmico
A situação política e social continua explosiva. Os manifestantes são um alvo da Polícia, que dispara a matar, mas um quadro da Frelimo veio defender o direito à manifestação. Algo está a mudar em Moçambique.
Venâncio Mondlane, que não reconhece os resultados anunciados das eleições gerais de 9 de outubro em Moçambique, anunciou que as manifestações de protesto são para manter até que seja reposta a verdade eleitoral
Maputo registou este domingo o primeiro dia sem tumultos, após três dias consecutivos de manifestações