Os manifestantes planeam envergar máscaras com o retrato do opositor russo.
Alexei Navalny está a cumprir pena de 19 anos por atividades alegadamente extremistas numa prisão remota na região ártica russa
O ativista de 47 anos, “inimigo número um” do presidente russo, cumpre uma pena de 19 anos de prisão por extremismo.
“O regime de Putin é a maior ameaça para a Rússia (…) e é tão perigoso para o país que mesmo o seu inevitável colapso constitui uma ameaça de guerra civil”, escreveu Navalny no Twitter, naquela que é a sua primeira reação desde a rebelião do grupo Wagner, que aconteceu no último fim de semana.
Segundo Navalny a invasão da Ucrânia pela Rússia causou “a degradação da economia e a queda do nível de vida [na Rússia], soldados criminosos e indigentes mobilizados, mortos e feridos”.
O opositor é acusado de financiar e instigar ações extremistas e de criar uma organização que atentou contra os direitos dos cidadãos, nomeadamente o ilegalizado Fundo de Luta contra a Corrupção (FBK), refere o portal de notícias Mediazona.
“No Kremlin e no sistema penitenciário há gente divertidamente astuta. Acreditam que são os reis do engano. Não me deixam ligar nem à minha esposa nem à minha mãe”, disse Navalny, numa mensagem publicada através do Telegram.
O ativista apareceu no julgamento por videoconferência, a partir da prisão onde se encontra a cumprir a primeira pena, em Pokrov, a 100 quilómetros de Moscovo, tendo ouvido o veredicto trancado numa cela.
“Navalny interpôs um recurso contra a condenação junto do Tribunal de Lefortovo (Moscovo) em 22 de março de 2022”, informou o serviço de imprensa do tribunal à agência espanhola EFE.
O ativista russo tinha acusado Portugal de ser a porta de entrada de Abramovich para fazer alguns “subornos” na Europa
Autarquia diz que agiu confome previsto nestes casos e fala em “aproveitamento político”.
O opositor russo diz que é acordado “oito vezes por noite” pelos guardas do estabelecimento prisional onde está detido.
Peskov justificou as más relações com as divergências que marcam os grandes temas internacionais, nomeadamente as acusações constantes contra a Rússia sobre o seu sistema eleitoral, espionagem e ataques informáticos em vários países desenvolvidos.
Os ministros europeus estão a ponderar aplicar sanções semelhantes à Lei Magnitsky, dos Estados Unidos da América, que castiga as violações dos direitos humanos.
Caso os russos não cumpram esta decisão, o TEDH admite que a convenção europeia de direitos humanos pode sofrer algumas consequências.
A Rússia promete responder às novas sanções da UE contra Moscovo, que estão a ser pensadas pelo hemíciclo de Bruxelas após a visita do chefe da diplomacia europeia a Moscovo.
Yulia Navalnaya terá abandonado a Rússia.
O opositor russo foi detido após voltar da Alemanha, onde estava a recuperar de um envenenamento.
As detenções foram feitas na sequência de uma série de buscas aos apartamentos dos mais próximos do ativista e às instalações da sua organização, na noite de quarta-feira.