Foi há 32 anos que partiu o «poeta militante». Aos grandes acontecimentos históricos, a inspirarem-lhe muitas vezes «apenas poema e meio», soube contrapor a realidade estimulante de todos os dias.
Aliando uma marcada sensibilidade lírica a uma grande capacidade de rigor e de observação da realidade social, Alves Redol compôs em vários volantes o políptico do mundo do trabalho, fazendo emergir na cena literária portuguesa o povo rural como virtual sujeito e enunciador da História.