O ataque aconteceu na sequência da tomada de posse de Nicolás Maduro para um terceiro mandato consecutivo na Presidência da Venezuela.
Oposição manifesta-se em toda a Venezuela
A Venezuela reagiu, argumentando que tal decisão violava “a jurisdição dos Estados e as imunidades e privilégios” dos altos funcionários
A vitória irrefutável da oposição e a crescente pressão internacional dificultam a vida a Maduro, mas a luta pela liberdade na Venezuela está longe do fim
O anúncio foi feito em Caracas pela presidente da Câmara Eleitoral, uma das seis câmaras que compõe o STJ, Caryslia Beatriz Rodríguez.
Mesmo com a manipulação dos resultados eleitorais e com Maduro agarrado ao poder, há fortes sinais que indicam o início do fim do chavismo. A pergunta que agora teima em ser respondida é ‘quando?’.
“Não aceitaremos, com as leis nacionais, que eles” tentem “usurpar novamente a presidência da República”, disse Nicolás Maduro, no sábado, numa manifestação de apoio que se realizou, em Caracas.
“Nicolás Maduro comunicou-nos em 29 de julho que expulsava os diplomatas argentinos, dando-nos 72 horas a partir dessa data para abandonar o território venezuelano sem considerar a redução de voos. Vamos cumprir com o prazo dessa ordem nesta quinta-feira”, disse a ministra dos Negócios Estrangeiros da Argentina.
Maduro diz que 90% dos manifestantes estão drogados ou armados. Embaixada portuguesa recomenda que se evitem deslocações desnecessárias.
Da direita à esquerda, grande parte da comunidade internacional pede verificação dos resultados que deram uma vitória tangencial a Maduro.
Os comunistas repudiam as “manobras de ingerência nas eleições” e destacam que as eleições na Venezuela “constituíram uma importante jornada democrática, em que participaram milhões de venezuelanos e cujos resultados reafirmaram o apoio popular ao processo bolivariano”.
Os resultados foram anunciados depois de contados 80% dos boletins de voto e 59% dos eleitores terem comparecido às urnas.
Representantes europeus tinham sido convidados pela oposição de Maduro.
O discurso de Maduro tem subido de tom nos últimos dias, tendo chegado a advertir que poderia ocorrer um “banho de sangue” na Venezuela se o chavismo não vencer as eleições
As detenções são também mais um prego no caixão do Acordo dos Barbados, no qual os Estados Unidos se comprometeram em levantar sanções aos setores do petróleo e do gás venezuelanos em troca da garantia de Caracas que levaria a cabo um processo eleitoral democrático.
Missão da ONU destacou que, em janeiro de 2024, Maduro pediu para “ativar a Fúria Bolivariana”
A DW publicou uma reportagem sobre corrupção que acusa políticos do alto nível da Venezuela de envolvimento no narcotráfico, na mineração ilegal e em extorsão
María Corina Machado acusa ‘Maduro e o seu sistema criminoso de escolheram o pior caminho: umas eleições fraudulentas’.
Nicolás Maduro acaba de anunciar a anexação de território que pertence à Guiana desde 1880. Disputa antiga esteve caída no esquecimento até 2015, ano em que foi encontrado petróleo na ZEE da região.