O Governo de Niamey, que resultou de um golpe de Estado, denunciou em março o atual acordo de cooperação.
Juntas militares dos três países acusam organização de impor sanções desumanas para inverter recentes golpes de Estado. UE reitera apoio ao bloco regional e alerta para diminuição de paz e segurança naquela região africana.
O bloqueio das fronteiras e as pesadas sanções ao país estão a deixar o país numa grave situação económica e social.
O Mali e o Burkina Faso, onde os militares também tomaram o poder pela força em 2020 e 2022, avisaram numa declaração conjunta que considerariam essa intervenção como uma “declaração de guerra”.
O golpe de Estado no Níger ameaça pôr em causa os equilíbrios geopolíticos na região do Sahel.
Em Dosso, centenas de pessoas saíram à rua para exprimirem “o apoio firme da população local” à junta militar, que se autodenomina Conselho Nacional para a Salvaguarda da Pátria (CNSP).
O Níger foi palco de quatro tentativas de golpe de estado, com o primeiro em abril de 1974, contra o Presidente Diori Hamani, e o último em fevereiro de 2010, que derrubou o Presidente Mamadou Tandja.
O Níger está a ferro e fogo. Os protestos contra a publicação da caricatura de Maomé no semanário Charlie Hebdo têm vindo a subir de tom – só nos últimos dois dias morreram 10 pessoas.