Resposta foi enviada ao STA. Governo alega a “inexistência de outros complexos hoteleiros ou alternativas habitacionais” para manter imigrantes alojados nos complexo.
Chefe de Estado viu como uma “coincidência positiva” a dimensão pública que ganhou o caso de Odemira, ao mesmo tempo que Portugal recebia líderes eurospeus para a cimeira social.
No total foram fiscalizados 792 trabalhadores na cerca sanitária de São Teotónio e Longueira-Almograve.
O pedido ao Governo surge após a Assembleia Municipal do concelho se reunir para analisar a evolução da pandemia de covid-19 e a cerca sanitária nas freguesias de São Teotónio e Longueira-Almograve.
O que se tem passado a propósito dos focos de infeção por covid-19 em Odemira é mesmo uma vergonha.
“Se os casos caíram a pique e há muito poucos casos ativos, não faz qualquer sentido continuar a manter-se uma requisição civil das nossas habitações privadas”, afirmou Paulo Figueiredo.
Autarca defende que o Executivo sabia o que se passava” naquela zona “há vários anos” no que diz respeito à situação em que vivem trabalhadores agrícolas.
O Governo “agirá em conformidade com a decisão do tribunal”.
José Alberto Guerreiro referiu, no documento, que o número de casos ativos no concelho diminuiu quase metade em relação ao momento em que foi tomada a decisão da cerca sanitária.
A direita “faz rimar, pandemia com hipocrisia”, acusa o ministro da Administração Interna.
Instalados no Zmar e na pousada da juventude de Almograve.
“As miseráveis condições de habitabilidade, insalubridade e as gritantes violações dos direitos humanos a que se encontram sujeitos, bem como o abandono a que foram votados, pela inércia ou inépcia das diversas instituições e responsáveis políticos, há muito conhecedores desta realidade, envergonham seguramente o Estado português”.
“Acho que Portugal todas as razões para se envergonhar de semelhante situação, não temos ali escravidão como era há 200 anos atrás, mas temos quase escravidão”, disse o líder do PSD.
Chefe de Estado comentou a situação vivida especificamente em Odemira e defende que é preciso saber “o que há de ilegal e eventualmente criminoso” no concelho.
Para a administração, o alojamento de cidadãos “torna incompatível a normal utilização” do complexo turístico.
A pousada vai receber pessoas com covid-19 assintomáticas que “não tenham condições de permanência no seu local de alojamento”. Esta mudança está nas mãos das autoridades de saúde e pode começar já “a partir de hoje”, sublinhou o ministro.
Desses 32, seis pertencem à comarca de Odemira.
“No mínimo, são seis mil que não têm condições de habitabilidade, porque já temos três mil” permanentemente, disse o presidente do município.