Primeiro-ministro congratula-se com a rapidez do Presidente da República, mas admite que ainda não leu os recados do Marcelo.
“É preferível não ficar preso ao passado”, defende Marcelo que reconhece que o documento “padece de limitações evidentes”.
Chefe de Estado avisa, no entanto, que tem “presentes no espírito” algumas questões que revelará aquando da promulgação.
O PAN é o partido que mais capitalizou com este OE, com mais de 30 propostas aprovadas. A maioria absoluta socialista premiou ainda o Livre e, em menor grau, PSD e IL.
Circularam pelo plenário papéis com a definição da palavra “hipócrita”, e falou-se em “fraude” e “pontapé no regimento”.
Oposição alerta para a inflação e pede resposta do Governo a perda do poder de compra dos portugueses.
Debate do OE 2022 da Saúde na AR prolongou-se por mais de cinco horas.
Apenas a bancada do PS votou a favor. PAN e Livre abstiveram-se e restantes partidos votaram contra.
O partido liderado por André Ventura acusa o documento de não refletir as necessidades dos portugueses. Já a IL acusou falhas de credibilidade, de honestidade e de ambição. PCP e BE juntam-se à lista, depois de PSD ter já anunciado o voto contra há uma semana.
Ministro das Finanças diz que consolidação das contas públicas é o “melhor escudo protetor” e que missões portuguesas no âmbito da NATO terão cobertura do Estado.
Eugénio Rosa aponta o dedo ao Governo ao garantir que a sua “única preocupação é reduzir o défice e a dívida”. Economista questiona ainda o aumento reduzido dos salários da função pública e das pensões que serão “arrasados” pela subida da inflação.
Esta é uma das conclusões da Deloitte na sua análise. Consultora chama a atenção para o aumento dos impostos indiretos em 6,2% face a 2021.
Classe média e empresas ficam de fora das prioridades do Governo. Economistas lamentam estratégia e apontam um rumo de austeridade. Fernando Medina afasta esse caminho e deixa ainda a garantia de que não vai ser preciso avançar com um Orçamento retificativo.
“A melhor resposta que o Governo pode dar à atual crise é mitigar o mais possível a subida dos custos de produção das empresas, mesmo que à custa de um défice público mais alto”, defende a associação.
Em uníssono, os partidos da esquerda à direita apontaram falhas à proposta de Orçamento do Estado para 2022.
O documento, que vai ser votado na generalidade nos dias 28 e 29 de abril, é finalmente conhecido. Já a votação final global está marcada para 27 de maio. Apesar de contar com poucas novidades, não se esperam grandes surpresas ou novidades, dada a maioria do PS no Parlamento.
“Estamos num cenário em que a inflação é significativamente superior àquilo que foi registado em décadas passadas e Portugal ainda tem uma dívida pública mais elevada do que aquilo que gostaríamos para fazer face a estes desafios”, afirmou o ministro. Conheça todas as medidas da proposta do Governo.