Julgamento da operação fizz teve início na semana passada e decorre no Campus de Justiça, em Lisboa.
Depois de uma semana dedicada à defesa de Orlando Figueira, o antigo procurador, esta semana é a vez de Paulo Blanco, o advogado que defendeu o estado angolano em vários casos e que está a ser julgado por corrupção ativa, branqueamento de capitais, violação de segredo de justiça e falsificação de documentos.
Antes de começar a dar a sua versão dos factos, o arguido do caso Fizz que, enquanto advogado, representou o Estado angolano em diversos inquéritos lançou ontem duras críticas à investigação e às fugas de informação
Com uma postura que por vezes roçava a provocação, o antigo procurador do DCIAP acusado de corrupção criticou a investigação do caso Fizz e garantiu nem sequer conhecer Vicente.
Antigo procurador do DCIAP acusado de receber luvas de 760 mil euros do ex-vice-presidente angolano garante que caso Fizz é uma mentira e avança uma teoria da conspiração: foi tudo para tocar “no coração da dra. Cândida Almeida”, antiga diretora do DCIAP
Até hoje Orlando Figueira tinha referido que as suas investigações eram “tecnicamente irrepreensíveis”.
Anotações pessoais do antigo procurador foram exibidas hoje pelo Ministério Público em julgamento. E Figueira disse não perceber alguns dos seus códigos.
Procuradora Leonor Machado confrontou ontem o antigo magistrado do DCIAP com o seu arquivamento no caso Portmill (onde era visado Manuel Vicente). Segundo o MP, o caso não foi bem investigado: “O senhor não acha que poderia ter feito mais diligências?”
Esta tarde houve mais um episódio de tensão no julgamento do caso Fizz
Ontem soube-se que Seara deixará de ser testemunha de Paulo Blanco e passará para a sua defesa
Encontros entre procuradores e advogados das partes, desaparecimento de documentos do departamento de elite do MP e processos guardados em casa. No julgamento do caso Fizz, Orlando Figueira está também a pôr a nu algumas coisas que se passavam no antigo edifício da Alexandre Herculano
Arguido disse ontem que Manuel Vicente surge nesta acusação para haver o crime de corrupção, mas que o que se devia ler sempre que o nome de Vicente aparece era Carlos Silva, de quem Proença de Carvalho é advogado
Antigo magistrado garante que Manuel Vicente está fora deste caso e volta a insistir que foi o banqueiro Carlos Silva que o convidou para sair do DCIAP, mas que nunca cumpriu o que tinha acordado. Defesa quer que tribunal analise a faturação do seu telemóvel para que fiquem provados contactos com Proença de Carvalho, advogado…
Transferência de processos entre países da CPLP não é algo inédito. O i lembra alguns casos numa altura em que ainda não se sabe o que vai acontecer na Operação Fizz
Assumindo-se como o pai da aproximação entre as PGR de Angola e de Portugal, o antigo procurador do DCIAP acusado de corrupção disse que Cândida Almeida teve do arquivamento do caso que envolvia Manuel Vicente
Rui Patrício disse que a separação do processo de ex-governante, hoje determinada pelo coletivo, corresponde à expectativa da defesa
Antigo procurador irritou o juiz ao dizer que a sua profissão é “preso” e voltou a tecer duras críticas à investigação do MP