O OE para 2023 será debatido na generalidade no parlamento nos dias 26 e 27 de outubro, estando a votação final da proposta marcada para 25 de novembro.
Equilíbrio orçamental poderá pôr em causa as expectativas das empresas e dos portugueses, pelo menos, em matéria fiscal, admitem economistas.
‘Crise’ no Governo e risco de recessão poderão não dar grande abertura nas medidas que deverão ser apresentadas no Orçamento do Estado para o próximo ano. A opinião de César das Neves, Bagão Félix e Eugénio Rosa e as nuvens que escurecem.
Circularam pelo plenário papéis com a definição da palavra “hipócrita”, e falou-se em “fraude” e “pontapé no regimento”.
Oposição alerta para a inflação e pede resposta do Governo a perda do poder de compra dos portugueses.
Ministro das Finanças diz que consolidação das contas públicas é o “melhor escudo protetor” e que missões portuguesas no âmbito da NATO terão cobertura do Estado.
Primeiro-ministro afirma que se apresenta às próximas eleições legistivas “para assegurar a estabilidade no país, mas também para responder a compromissos concretos em relação às famílias e empresas que constavam do [chumbado] Orçamento do Estado para 2022”.
Este tipo de regime verifica-se, entre outras situações, quando há “a rejeição da proposta de lei do Orçamento do Estado”, como sucedeu no dia 27 de outubro, quando o parlamento chumbou a proposta de OE2022 na generalidade.
“Mais uma vez, continuamos a ser o parente pobre do Estado porque recebemos menos do que os outros”, diz Pedro Carmo, da OSP/PSP.
A confirmar-se o voto contra do BE, o documento tem 108 votos a favor de deputados do PS, 115 contra e cinco abstenções. Falta ainda saber o sentido de voto do partido ‘Os Verdes’, mas mesmo que os dois deputados votem a favor, seria insuficiente para aprovar a proposta do Governo na votação na generalidade.
“Eu abstenho-me na generalidade, obviamente com um olho na especialidade”, disse a deputada não inscrita. Esta é já a segunda abstenção confirmada depois da também deputada não inscrita Cristina Rodrigues ter anunciado, esta manhã, o mesmo sentido de voto.
“Vamos continuar a trabalhar. Tenho a confiança de que temos um bom Orçamento e que pode naturalmente ser melhorado na Assembleia da República”, afirmou o primeiro-ministro.
Está prevista uma nova reunião.
O Presidente da República reiterou que “a alternativa a uma passagem do Orçamento é obviamente umas eleições antecipadas”.
Em causa está o eventual chumbo do Orçamento do Estado.
O líder do PSD prefere deixar passar as votações para o Orçamento de Estado, porque caso o documento seja chumbado, Portugal poderá ir a eleições antecipadas. “Os portugueses querem um PSD capaz de combater o PS e fazer umas eleições perfeitamente normais”, algo que será “difícil” se o Conselho Nacional não “ponderar”, aponta Rui Rio.
Com a alteração dos escalões, a diferença do imposto poderá ser diferente. Saiba aqui.