Em Berlim, António Costa foi confrontado com o Orçamento ontem aprovado em Conselho de Ministros, mas preferiu concentrar-se nas duas mil vagas para refugiados no ensino superior que foi oferecer à Alemanha. “Não vim incomodar a senhora Merkel com o nosso Orçamento. Ela já tem o seu orçamento com que se preocupar”, disse na conferência…
O subsídio de Natal vai continuar a ser pago aos funcionários públicos, durante este ano, em duodécimos, mas o Governo deixa uma porta aberta à possibilidade de aplicar à função pública o regime dos trabalhadores do setor privado que podem escolher entre receber esta prestação num único mês ou ao longo dos 12 meses.
O governo vai manter o direito a isenções das taxas moderadoras, mas há grupos a saírem beneficiados.
As transferências a conceder às fundações em 2016 não poderão exceder os montantes concedidos no ano anterior.
Governo dá mais margem de manobra para contratações no Ensino Superior
O comissário europeu responsável pelo euro considerou hoje que o governo português tem de tomar mais “medidas adicionais” de contenção orçamental em 2016. Numa conferência de imprensa depois de uma reunião do colégio de comissários, Valdis Dombrovskis indicou que o esboço orçamental enviado por Lisboa é insuficiente e que as negociações vão decorrer até sexta-feira.
Depois de o jornal Público noticiar que a diferença de estimativas entre o Governo e a Comissão Europeia em ao défice estrutural em 2016 se explica com o facto de os cortes salariais na função pública e a devolução da sobretaxa terem sido contabilizados por Mário Centeno como medidas extraordinárias, as reações não se fizeram esperar…
O ministro do Trabalho e Segurança Social disse esta quarta-feira que encara “com normalidade” as observações feitas pela Comissão Europeia no que diz respeito ao Orçamento do Estado para 2016.
Todos os prazos foram comprimidos para que o Orçamento do Estado entre em vigor o mais rapidamente possível. Mas, apesar do esforço do Parlamento, o documento só deve chegar a Belém já depois de Marcelo tomar posse.
As negociações do Governo com Bruxelas na elaboração do Orçamento do Estado para este ano esbarraram não apenas na redução do défice de 2016, mas também nas previsões de crescimento apresentadas pelo ministro das Finanças, Mário Centeno.
O Governo já aprovou o esboço do orçamento do estado para 2016 (OE2016), documento que será enviado amanhã para Bruxelas.
Se até ao final do ano se mantiver o crescimento da receita do IRS e do IVA registado até novembro, não vai haver devolução da sobretaxa de IRS em 2016, revela a agência Lusa.
O Bloco de Esquerda pode votar contra o Orçamento Retificativo, que vai acomodar a injeção de capital público no Banif, juntando-se assim ao PCP. O SOL sabe que os bloquistas optarão pelo voto desfavorável, caso as duas condições que impuseram ao Governo sejam ignoradas por António Costa.
“Cumprimento o Governo, porque é um dia especial. O Governo de Costa reconheceu que a manutenção do controlo orçamental permite a Portugal chegar ao fim do ano com um défice de 3%”, comenta ao SOL o presidente da bancada parlamentar do PSD, Luís Montenegro, que desvaloriza as “medidas adicionais” hoje aprovadas em Conselho de Ministros.
Travão a fundo a todas as despesas não urgentes. É essa a fórmula de Mário Centeno para conseguir fechar o ano com um défice abaixo dos 3% e conseguir assim sair dos procedimentos por défice excessivo em Maio, altura em que Bruxelas irá validar o número final do défice deste ano.
A Comissão Europeia prevê que Portugal corrija o défice excessivo e passe para a vertente preventiva do Pacto de Estabilidade e Crescimento em 2016, numa análise que não tem em conta o plano do Orçamento de Estado.
Os ministros das Finanças da zona euro reúnem-se hoje, em Bruxelas, para análise dos planos orçamentais para 2016 apresentados pelos Estados-membros, mas sem ter ainda em sua posse o documento português.