Cessar-fogo que estava em vigor “oferecia uma rede de segurança de que as crianças da Faixa de Gaza precisavam desesperadamente”, mas, com a retoma dos ataques na região, “as crianças estão de novo mergulhadas em um ciclo de violência mortal e privações”.
Desde o início da guerra, em outubro de 2023, já foram contabilizadas 50.277 mortes: a maioria são mulheres e crianças.
Ministério das Relações Exteriores brasileiro anunciou que “tomou conhecimento, com profunda consternação, da morte do cidadão brasileiro Walid Khalid Abdalla Ahmad, de 17 anos, na prisão israelita de Megido”.
Também hoje, Telavive referiu que tinha intercetado três ‘rockets’ disparados a partir de Gaza: dois foram reivindicados pelo braço armado da Jihad Islâmica (Brigadas al-Quds) e o terceiro pelo Hamas.
“Quanto mais o Hamas mantiver a sua recusa, mais território perderá, que será anexado a Israel”, pode ler-se num comunicado do Ministério, esta sexta-feira divulgado.
“O ataque aéreo [realizado na terça-feira] contra os terroristas do Hamas foi apenas o primeiro passo. O resto será muito mais difícil e eles pagarão o preço”, disse Katz.
Em causa, diz ainda a mesma fonte, está a recusa do Hamas em aceitar as propostas “para prolongar o cessar-fogo e libertar os reféns” israelitas.
Também hoje, o exército confirmou dois ataques: um contra “dois terroristas que operavam um ‘drone'” em gaza, e outro contra um veículo que transportava “outros terroristas que vieram recuperar” o ‘drone’.
Com o objetivo de aumentar a pressão sobre o Hamas, o Governo israelita ordenou o corte imediato do fornecimento de eletricidade.
O responsável afirmou que este plano é algo muito maior que um “plano egípcio, árabe e islâmico”, porque”terá apoio internacional”.
Em troca vão ser libertados por Israel 600 prisioneiros palestinianos.
“Entregaremos os quatro corpos dos prisioneiros de ocupação na quinta-feira, 20 de fevereiro, incluindo os corpos da família Bibas”, disse Jalil al Haya.
“Nós, como nação, queremos que esta terra seja nossa; os árabes, como nação, querem que esta terra seja deles”, resumia Ben Gurion. Mais de cem anos depois, esta equação continua por resolver.
Esta segunda-feira, Netanyahu deverá reunir o gabinete de segurança do seu governo para discutir a segunda fase do cessar-fogo em Gaza.
“Senhor primeiro-ministro, enquanto lhe escrevemos e já depois de um acordo de paz negociado e selado, há acusações fundadas de que Israel está a bloquear a ajuda humanitária”, pode ler-se.
A Alta Representante da UE para os Negócios Estrangeiros e a Política de Segurança, Kaja Kallas, disse esta quarta-feira que “as pessoas não podem ser retiradas à força” da Faixa de Gaza e que “qualquer apropriação” do território é ilegal, na sequência das polémicas declarações do Presidente dos Estados Unidos sobre retirar todos os palestinianos…
Por sua vez, em reação às ameaças do primeiro-ministro israelita, o Hamas publicou uma declaração em que reitera o seu compromisso com o acordo de cessar-fogo em Gaza e responsabiliza Israel de “complicações ou atrasos”.