A campanha de Sampaio da Nóvoa parece esgotada antes mesmo de começar a sério.
Adaptar três longas-metragens do cinema português aos dias hoje é a premissa do projecto ‘Novos Clássicos’ que arranca já esta quinta-feira com a estreia de ‘Pátio das Cantigas’. Com o argumento original de António Lopes Ribeiro, o realizador Leonel Vieira e o argumentista Pedro Varela deram-lhe nova vida.
No mesmo dia em que os media montavam a logística para acompanhar, em directo, as propostas eleitorais da coligação no Governo, o Sporting fazia o favor de mobilizar as atenções para a contratação do vitorioso treinador do Benfica, por uma soma redonda de vários milhões, sem que ninguém, aparentemente, se escandalizasse.
Uma nova versão, actualizada, da comédia portuguesa ‘O pátio das cantigas’, realizada por Leonel Vieira, tem estreia marcada para 30 de Julho, revelou a produtora Stopline Films.
Foi numa sexta-feira 13 que antigos revolucionários e velhas e novas esquerdas tomaram assento na Gulbenkian para reflectir sobre um magno tema: Ruptura e Utopia para a Próxima Revolução Democrática. Chamaram-lhe Congresso da Cidadania e ninguém poderá levar a mal.
Amaré vai cheia para os media nacionais. Conseguiu-se nas últimas semanas a tempestade política perfeita. Com o tema das desgraças gregas a perder gás – e o Syriza a abster-se de fanfarronices -, o cheiro irresistível das eleições voltou em força e agita os espíritos que aspiram, como é legítimo, às suas prebendas.
Uma das mais estimulantes actividades da esquerda urbana portuguesa consiste na aturada elaboração de manifestos, petições e cartas abertas, sendo a mais recente assinada por 32 variadas personalidades, incluindo académicos, sindicalistas, economistas e políticos – no activo, ou em retiro sabático à espera de melhor oportunidade.
Em tempos, António Guterres apresentou-se ao eleitorado com um novo paradigma – o diálogo. E a defesa desse apostolado funcionou nos media como contraponto aos governos de Cavaco Silva, acusado de ser hermético.
Bruscamente, no segundo dia do Ano Novo, a TVI decidiu brindar os seus fieis do Jornal das Oito com uma entrevista ‘exclusiva’ de José Sócrates.
Com o desfolhar dos últimos dias do calendário gregoriano, reaparecem os balanços nos media, cumprindo o ritual da praxe. É a memória de um ciclo temporal, expressa de uma forma cronológica ou consoante o estatuto e a relevância dos factos e acontecimentos.
Raramente uma Comissão Parlamentar de Inquérito despertou uma tão aguda expectativa como a que vai ocupar-se do colapso do grupo BES, durante os próximos meses. Mas começa mal.
Um obscuro ex-secretário de Estado de um Governo de José Sócrates lembrou-se de informar os media da intenção de escrever ao Presidente da República, a defender que o seu antigo primeiro-ministro seja condecorado.
Sem ‘solução’ para as inundações que castigam e paralisam a cidade quando cai uma chuvada mais forte, António Costa já ensaia os primeiros passos para se libertar das maçadas de ser autarca, assumindo que é capaz de governar o país quando deixa Lisboa sem obra que se veja.
A leitura em fascículos, na imprensa, das actas e de outros relatos acessórios das reuniões privadas do clã Espírito Santo dispensa o trabalho criativo aos mais argutos guionistas de novelas pelos tempos mais próximos.
Com o prestimoso auxílio de vários media e dos habituais politólogos de serviço, fomentou-se uma invulgar expectativa à volta do discurso de António Costa nas cerimónias do 5 de Outubro.
Correu o pano. António Costa ganhou o PS com uma maioria confortável e os socráticos às cavalitas. Prometeu na noite do apeamento de Seguro que há-de reconduzir o povo socialista ao poder, saudado à volta por gente de punho erguido à maneira antiga.
Com raras excepções, Portugal aparece invariavelmente na grande imprensa internacional pelas piores razões, associado a casos menos nobres ou a circunstâncias não muito exemplares.
Houve tempo em que a Ordem dos Advogados era representada por bastonários com vasto currículo, prestigiados na classe e respeitados pelos operadores da Justiça.