Ministro tentou que plano de reestruturação da TAP fosse a votos no Parlamento.Primeiro-ministro disse não.
Líder parlamentar do PSD já tinha referido que o ministro das Infraestruturas não tinha ficado confortável com a decisão do primeiro-ministro.
Em causa está a decisão de António Costa de não levar a votos o plano de restruturação da TAP, na Assembleia da República.
Socialistas divididos entre Marcelo e Ana Gomes. Ala esquerda do partido recusa apoiar candidato de direita. Carlos César travou proposta para ouvir militantes.
Pedro Nuno Santos foi ao Parlamento confirmar cortes no pessoal da TAP. E deu início a nova troca de palavras com Rui Moreira.
Autarca ‘desafia’ ministro a acabar com as rotas que partem do Porto e sugere que a TAP seja incorporada na Carris ou na “muito rentável” Soflusa, que só opera em Lisboa.
Numa audição parlamentar conjunta, ministro Pedro Nuno Santos prometeu “o maior investimento de sempre na CP” e anunciou que vai estudar viabilidade de uma terceira ponte sobre o Tejo.
“As pessoas não servem para fazer umas coisas de vez em quando, para serem eurodeputadas, candidatas à Câmara Municipal [de Sintra], membros do Secretariado Nacional e depois, de um momento para o outro, passarem a ser vilipendiadas porque não nos dá jeito”, defendeu.
Partido cria cartaz com caricatura de Pedro Nuno Santos e considera que plano do Governo para a TAP é mais uma prova da ideia: “socialistas a fazer voar o dinheiro dos contribuintes desde sempre”.
Pedro Nuno Santos apostou no retorno da TAP ao setor público, com quase dez mil trabalhadores, nacionalizando os prejuízos…
Governante diz-se um “socialista” incapaz de convívios à direita.
O ministro alerta que caso a reestruturação da companhia aérea não seja aprovada pela Comissão Europeia a TAP “corre o risco de ser liquidada”.
Ministro diz que empresa está a perder 12 milhões de euros por mês desde o início do desconfinamento.
“É um instrumento de riqueza nacional”, acrescentou, lembrando que a companhia tem 10 mil trabalhadores mas é responsável por muitos mais empregos, compra 1.300 milhões euros a empresas nacionais, e paga 300 milhões de euros em impostos e contribuições.
Em cima da mesa está a hipótese de alterar horários, mas para isso é necessário coordenar com outros destinos.
Pedro Nuno Santos explicou que “mesmo que algumas imagens possam transminitir que temos comboios sobrelotados, a verdade é que o número de lotação dos comboios está muito abaixo do 1/3 em média, com poucos comboios perto dos 2/3”.
Governante diz que não há qualquer empenho dos privados no futuro da companhia e não poupa críticas ao CEO e à sua equipa.
Ministro sublinha “importância” da empresa para o país. “Não vamos deixar a CP mal”, garante.