Depois de mais de duas semanas de notícias, de duas moções de censura ao Governo, de Chega e PCP, ambas rejeitadas, e do anúncio do PS de que iria apresentar uma comissão de inquérito, a crise política acabou com a queda do governo, após o chumbo de uma moção de confiança
Líder do partido da oposição parece já ter entrado em campanha.
“Há algumas coisas que nós já sabemos ao dia de hoje e são suficientemente graves, desde logo um primeiro-ministro que esteve em funções a receber dinheiro de vários empresários”, acusou o secretário-geral do PS, numa entrevista em direto na TVI e na CNN Portugal.
Pedro Nuno Santos diz que esclarecimentos devem ser dados em público e não em privado.
Primeiro-ministro diz que não se demite e que não cometeu nenhum crime. Já Pedro Nuno Santos garante que não vai recuar na votação contra a moção de confiança
“Só há uma forma de evitarmos as eleições e essa forma depende do primeiro-ministro e da retirada da moção de confiança”, disse o líder dos socialistas, numa entrevista à Sic Notícias.
Para o líder da oposição, “o país vive numa crise política e o principal fator de instabilidade é o primeiro-ministro”.
Líder socialista quer ouvir esclarecimentos de Montenegro mas não em sede de comissão parlamentar. Tema só vai desaparecer quando PM “lhe der o mesmo tratamento que deu às dívidas fiscais sobre a sua casa”, defende.
“Todos os dias se adensam novas críticas, novas suspeitas, novas dúvidas”, sublinhou líder dos socialistas.
Líder da oposição queria ter visto mudanças no Ministério da Saúde e defendeu que algumas alterações não se justificavam.
Escolha deve ser feita pelos órgãos do partido, defendeu.
Leitão Amaro aponta o dedo a Costa e a Pedro Nuno Santos e defende uma análise do impacto do aumento dos imigrantes.
Líder do PS defende uma reflexão sobre a celeridade da justiça, “porque obviamente estes processos têm impacto na vida das pessoas e se há pessoas que têm envolvimento, há [outras] pessoas que não têm”.
Ao contrário dos senadores costistas, a maioria das bases do PS está do lado de Pedro Nuno Santos na viragem de posição quanto às políticas de migração. ‘Se estivéssemos no poder, não gerava tanta celeuma. Na oposição, há sempre opositores internos’, assume um líder distrital do PS.
“Vai ao arrepio de tudo aquilo que é a nossa visão, do PS, há 30 anos sobre o que deve ser uma política de integração de imigrantes”, considera a eurodeputa socialista.
Os “candidatos ideais não existem”, apenas aqueles que estão “disponíveis para travar este combate nas presidenciais”, comentou o líder socialista.
O líder socialista argumentou que esta medida traduz “todo um programa político”