De acordo com a estimativa rápida do Eurostat, Portugal apresentou, nos primeiros três meses do ano, em comparação com o mesmo periodo de 2020, o maior recuo do PIB (-5,4%). Neste período, a economia da zona euro recuou 1,8% e a da UE 1,7%.
César das Neves, Bagão Félix e Nuno Teles não estranham crescimento de 3,9% da economia em 2021, mas reconhecem riscos consoante a evolução da pandemia. Carga fiscal em máximos é criticada pelos economistas.
Para 2021, no conjunto do ano “o cenário central é agora de crescimento em torno de 1%, uma revisão em alta de três pontos percentuais face ao ponto central da previsão anterior (-2%)”, indica o relatório da Universidade Católica de Lisboa.
Perspetiva é do Instituto Superior de Economia e Gestão. Início do desconfinamento em meados de março proporcionou alguma melhoria.
As contas são do conselho das Finanças Públicas (CFP) e alerta que apoio à TAP pode agravar défice para 4,5% este ano.
Comissão Europeia prevê uma contração em cadeia do PIB português de 2,1% no primeiro trimestre do ano. A verificar-se, será a maior queda entre os 26 Estados-membros da UE.
Quebra do PIB em 2020 reflete “os efeitos marcadamente adversos da pandemia covid-19 sobre a atividade económica”.
A OCDE destaca os números das principais economias mundiais. Com base em estimativas provisórias, o relatório indica que os Estados Unidos perderam 3,5% do PIB em 2020, o Reino Unido 9,9%, Itália, 8,9%, e França, 8,2%. Nos países da União Europeia (EU), a redução do PIB foi de 6,3%.
De acordo com uma primeira estimativa do gabinete estatístico europeu, o crescimento do emprego em 2020 terá sido de 1,8% na zona euro e de 1,6% na UE, com base em dados trimestrais.
A deterioração económica provocada pela pandemia será sentida com maior força em 2021 nos mercados laborais e nas insolvências e, a médio prazo, na posição fiscal dos países.
O controlo da pandemia este ano será crucial para determinar o crescimento económico da economia nacional, que no ano passado atingiu resultados negativos históricos.
No terceiro trimestre, o défice situa-se em 3,8% do PIB. INE diz ainda que empréstimo à TAP tem impacto para o défice.
De acordo com o regulador, a economia portuguesa vai voltar aos níveis pré-crise em 2022. Mário Centeno garante que os portugueses não vão perder rendimento disponível com a crise. E justifica: “O impacto no rendimento das famílias foi amortecido pelas medidas governamentais, incluindo as moratórias ao crédito”.
Portugal teve, neste período, a quarta maior subida (+13,3%) entre os países da moeda única. PIB da zona euro encontra-se, porém, a níveis de 2017.
De acordo com a informação divulgada esta quarta-feira pelo banco central, o aumento da dívida pública na ótica de Maastricht (a que conta para Bruxelas) face a setembro “refletiu, em grande medida, emissões de títulos de dívida, no valor de 1,1 mil milhões de euros”.
Em 2019, Portugal gastou ainda 12,7% do PIB em pensões e 5,7% do PIB em saúde, além de 3,3% em apoios diretos à população trabalhadora e 5% em serviços sociais, divulgou esta quinta-feira a OCDE.
Em comparação com o mesmo trimestre de 2019, o PIB entre julho e setembro foi 4,1% inferior em todos os países membros, explicou a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE) num comunicado.