Quis ser padre, militar, marinheiro, médico. Acabou por se realizar como professor de estonteantes derivas e escritor de pessoalíssima voz e inúmeros registos. O popular e o erudito, o coloquial e o reflexivo, o tradicional e o arrojado convivem na sua escrita em boa vizinhança. Recordamos Vitorino Nemésio nos 115 anos do seu nascimento.
À distância de mais de 30 anos do desfecho de uma «vidinha» intensa de enredos lusitanos já o autor de «Um Adeus Português» dava despacho ao seu epitáfio: «Aqui jaz Alexandre O’Neill/ Um homem que dormiu muito pouco/ Bem merecia isto»
Depois da discreta passagem por Lisboa, o poeta sírio foi um dos grandes nomes da Feira do Livro de Pula, na Croácia, onde fomos entrevistá-lo
Intenso, feroz, indomável, irreverente – da estirpe dos provocadores, cómico e trágico, absoluto, desconcertante, único. Gostava de se definir como “apenas um actor de teatro”, mas foi muito mais do que isso. Foi um provocador talentoso, um agitador de vontades adormecidas, um extraordinário (re)criador diante do qual o país fica sempre aquém. Duas décadas passadas…
Texto lido hoje por José Manuel dos Santos na cerimónia que assinalou a transladação dos restos mortais de Cesariny de um gavetão anónimo para um jazigo individual no Cemitério dos Prazeres dez anos depois da sua morte
“Lançamento” é o segundo livro da poeta e um em que os poemas contam com o desafio suplementar de se furtarem a um programa afetivo que tenta pô-los ao seu serviço.
Em “Manual de Cardiologia”, o poeta tenta uma cirurgia para deixar uma parte de si e salvar outra dos destroços de uma experiência amorosa
Escritor sírio esteve no Centro Cultural de Belém, em Lisboa, a ler poemas seus da antologia O Arco-Íris do Instante (D. Quixote).
“O Eremita Viajante” não é a primeira versão de Matsuo Bashô em português, mas é a primeira recolha quase completa da poesia deste autor
Aparece desde há vários anos como um dos favoritos ao Nobel da Literatura, e mesmo que hoje o galardão volte a escapar-lhe, este ano chegaram, pela primeira vez, dois livros do poeta sírio às livrarias portuguesas
Aos 89 anos, morreu um dos fundadores do movimento literário “Nouveau Roman”
Uma entrevista realizada na primeira língua do poeta, a escrita, à volta do novo livro, Bisonte, onde a poesia portuguesa reavê um certo fulgor modernista. Falamos ainda da deriva da cultura contemporânea, interessada antes de mais em sacralizar o folclore e render-se ao entretenimento e à bolsa de valores mediática.
Em grande medida a figura lendária de Bocage trai a sua memória. As fábulas e anedotas que dele se contam deixam de fora o génio dos seus versos, lembram o boémio inveterado que ele certamente foi, mas esquecem a sensibilidade feroz que embaraçou os poderosos e que fez mais deste país
Entre a Rua da Esperança e a Calçada Marquês de Abrantes, a Cossoul abrirá este ano as suas portas a mais uma edição do Reverso – Encontro de Autores, Artistas e Editores Independentes.
Poeta, crítico e professor, António Carlos Cortez escreveu o primeiro poema quando andava na 2.ª classe. Hoje tem oito livros publicados. Animais Feridos (D. Quixote) é o mais recente.
Se tem direito a dia mundial é porque está em risco de extinção. Mas olhando para trás, não foi sempre essa a condição da poesia? Os anos passam e a 21 de março o mundo celebra a imensa minoria que durante o resto do ano persiste, se organiza, enche ínfimos salões, dá as suas cartas,…
Religiosos têm sido os maiores poetas portugueses”. António Quadros defendeu esta ideia em 1979, num texto de evocação de José Régio, a quem atribuía o pódio do génio poético português no século XX, a par de Teixeira de Pascoaes e Fernando Pessoa. É impossível saber se, porventura vivo, o filósofo estenderia hoje a graça a…