Morreu, na passada quinta-feira, aos 71 anos, o escritor francês Christian Bobin. Com um sentido muito claro da exigência de uma vida religiosa, através dos seus ensaios poéticos buscou traçar um caminho de esplendor de volta aos antigos e difíceis exemplos da fé cristã.
Um vigilante e um desmistificador, detendo-se em questões tanto da arte e da literatura, como da história, da sociologia e da política, este enormíssimo ensaísta e poeta alemão morreu na passada sexta-feira, aos 93 anos.
Há um culto aos gatos com uma tradição longuíssima e que remonta, pelo menos, ao Antigo Egipto. Na época moderna, já superada a tentação de remeter tudo para a adoração das divindades, não têm faltado na literatura exemplos de grandes escritores que tiveram com o gato as maiores atenções. Entre nós, Rui Caeiro (1943 -2019)…
Uma nova antologia, belíssimamente ilustrada, em jeito de homenagem, com pinturas e desenhos de Cruzeiro Seixas, oferece-nos uma panorâmica abrangente e talvez excessivamente inclusiva das representações do homoerotismo na poesia portuguesa desde os cancioneiros medievais galaico-portugueses até aos dias de hoje.
Acaba de publicar-se entre nós um dos mais admiráveis testemunhos da resistência política no século XX, os Diários do Exílio que o poeta grego Yannis Ritsos escreveu a partir dos campos de concentração nas ilhas do mar Egeu.
Assinalando os 70 anos que o antigo editor da Assírio & Alvim teria feito no mês passado, um livro de homenagem monta um pequeno enredo de lembranças, vincando a paixão desmedida de alguém que negligenciou os seus próprios versos, preferindo ser esse condutor de orquestra deslumbrado pelo virtuosismo dos outros.
A reunião da obra poética de um dos maiores autores brasileiros, reeditada no final do ano passado pela Imprensa Nacional depois de há muito ter esgotado a das edições Quasi, não obteve qualquer eco entre nós, mas assume agora, no conturbado momento que se vive naquele país, uma actualidade radiante.
“Penélope está de partida” é um livro escrito de costas para a narrativa épica de Homero. Tem um pé na epopeia clássica, outro na modernidade. Oferece-nos um muito admirável puzzle dramático a que não faltam peças que investem contra o velho figurino da passividade feminina.
erimónia fúnebre está marcada para domingo no Tanatório de Matosinhos. O velório realiza-se este sábado, a partir das 17 horas, na Capela do Corpo Santo.
‘A poesia é a maior ameaça ao seu governo, senhor presidente. Os outros opositores dizem o que pensam, são previsíveis, podemos controlá-los. Os poetas, não’.
O livro ‘Amor em Folhas’, de Ernesto Dabo, assume o merecido lugar no altar supremo, constituindo uma ferramenta essencial para ultrapassarmos estes momentos desumanos
António Carlos Cortez evoca o poeta e amigo:_“Acho que com a morte do Gastão se fecha um ciclo da poesia portuguesa”.
No centenário da grande figura do neo-realismo português, fica claro que este poeta e romancista foi quem melhor interpretou a urgência de uma arte que se empenhasse em resgatar o homem a essa transformação em mero escravo da produtividade ininterrupta e da destruição que se segue.
Os militares da Guarda costumam visitar os utentes de um centro de dia em São Manços, Évora.
Da mesma forma que houve poesia depois de Auschwitz, Holodomor ou Srebrenica, também a haverá depois da Pandemia – pois enquanto houver Homem, haverá poesia.