Jorge e Mécia de Sena. Na perseguição da liberdade e na democracia, na abundância criativa e na escassez, na “escrita da felicidade” e no desalento , nos dias fastos e nefastos, na união e na ausência. Todos os dias da vida de Mécia, terminada, aos 100 anos, no passado dia 28 de Março
Aos 90 anos, um dos maiores intelectuais europeus do último século ganha uma antologia em português que é um gesto de homenagem e encontro numa língua apontada ao futuro.
No dia em que se assinalam os cem anos do nascimento de Sophia de Mello Breyner, recordamos a poeta.
Acaba de publicar dois livros que mostram as diferentes facetas do seu percurso: poeta, crítico e professor. Ao SOL, António Carlos Cortez revela a definição de poesia que apresenta aos seus alunos, explica por que escreveu um livro ‘vigilante’ e diz que as aulas de Português se transformaram em ‘empinanço de gramática’.
Este ano, o Prémio Camões soube a festa, celebrando um artista que admitiu que a sua vaidade já não precisa de mais atenções. Mas, no meio de toda a redundância, talvez se possa salvar ainda a ideia de Chico como o herdeiro de uma linhagem vital nesta língua.
Em ano de centenário, o calendário ficou tapado de iniciativas que evocam a poeta, e há pela primeira vez uma biografia que lhe é dedicada. Se esta pouco faz para aprofundar a leitura da obra, dá peso aos combates que Sophia travou na esfera pública.
Se já lhe tocou a noção de que «uma angústia em chinelos [pode ser] grandiosa como um título de jornal», talvez seja este o seu poeta, aquele que o pode reconciliar com a velha arte, a que se evadia dos salões para dar o ouvido ao ocasional «rouxinol dos desvãos do mundo».
Cristina Carvalho, filha de António Gedeão, diz que já viu a frase ‘O sonho comanda a vida’ nas situações mais insólitas, o que prova a popularidade do poema Pedra Filosofal. Mas acha que essa popularidade suscitou a desconfiança do meio literário.
‘Tive uma família muito disfuncional, e uma infância muito difícil’, disse Oliver. ‘Por isso, criei um mundo a partir de palavras, e isso foi a minha salvação’.
O X Volume da Antologia de Poesia “Entre o Sono e o Sonho” foi lançado, este Domingo, no Convento São Francisco, em Coimbra. O Grande Auditório encheu, numa tarde que celebrou a audácia dos 1010 autores que integram esta edição, assim como a persistência de um grupo editorial que ousou enfrentar o «impossível».
Estamos longe ainda de ser mudados depois de ouvir cantar a agonia dos protagonistas das novas odisseias que tentam alcançar o coração da Europa, atravessando desertos, mares e montanhas. Numa ira contida, a escritora que, em 2015, dedicou o Prémio Camões à Grécia, tenta dar voz àqueles que perecem no caminho e, sobretudo, àqueles que…
Morreu faz quatro anos, e deixou algumas coisas preparadas para edição, entre elas este volume, a que deu o título “A Puxar Ao Sentimento”. Um livro constituído na sua larga maioria por letras de fado inéditas.
A Relógio D’Água cicatriza finalmente uma das maiores lacunas no meio editorial português, publicando a obra reunida do miúdo a quem chamaram um «místico em estado selvagem»
Prémio pretende galardoar obra poética publicada no biénio 2016/2017. O vencedor foi o livro “Estrada Nacional”, da autoria de Rui Lage.
O SOL falou com o homem que dirige a editora do Estado, na altura em que se comemora os 250 anos da sua criação. Na Imprensa Nacional desde 2010, Duarte Azinheira tem sido responsável por retomar o papel mais interventivo, à imagem do que fez Vasco Graça Moura, nos anos 1980
A Casa Fernando Pessoa trouxe a Portugal um dos mais cativantes poetas hoje vivos em qualquer língua. Aos 73 anos, Adam Zagajewski encontrou a urgência que se explica serenamente, e é capaz de encarar os terríveis desafios da atualidade sem trair o silêncio quando este é a única resposta.
Depois do Porto, é a vez de Lisboa desfazer a cama e desforrar-se da longa ausência do cantor e compositor que fez corar a língua portuguesa
Com um livro de poemas assumidamente comunistas, Gusmão confronta o pudor da poesia contemporânea em tomar posições políticas, preferindo posar para a eternidade