Há algumas semanas, na TV, Ricardo Araújo Pereira notava que, para Miguel Sousa Tavares, só há em Portugal três pessoas acima de qualquer suspeita: José Sócrates, Ricardo Salgado e Pinto da Costa.
Conheço razoavelmente bem Mário Soares. É uma relação que já vem de família, pois o meu pai e o meu tio José Hermano eram seus conhecidos de longa data, e a minha mãe foi colega de Maria Barroso na faculdade.
Há quatro anos, era José Sócrates ainda primeiro-ministro, escrevi uma crónica onde lhe chamei «o Vale e Azevedo da política».
Podem ser feitas muitas críticas a Passos Coelho, mas há um defeito que não se lhe pode apontar: o de pôr os interesses do partido (ou os seus próprios) à frente dos interesses do país.
A provável candidatura de António Guterres à Presidência da República fechará praticamente a questão presidencial. Do lado da esquerda moderada, é evidente que ninguém mais avançará.
Os bancos são, por excelência, os símbolos do capitalismo. A sua invenção foi um verdadeiro Ovo de Colombo: as pessoas depositam as suas economias numa instituição que põe esse dinheiro a circular e à custa disso obtém lucros, podendo pagar um juro ao depositante.
Durante três anos disse-se que a liderança de António José Seguro era fraca, frouxa, pouco convincente – e as eleições europeias, de facto, confirmaram-no.
Logo após Maria Luís Albuquerque assumir a pasta das Finanças, substituindo Vítor Gaspar, escrevi uma crónica com o título “Fixem esta mulher”.
Quando as coisas no BPN começaram a complicar-se, Oliveira Costa foi afastado da liderança e os accionistas de referência convidaram uma figura exterior ao banco, Miguel Cadilhe, para assumir a presidência.
Conheço Henrique Granadeiro há mais de 20 anos, desde a altura em que, sendo eu director do Expresso, ele assumiu um lugar na administração do grupo proprietário do jornal.
Quando António Costa anunciou a sua candidatura à liderança do PS, muitos comentadores acharam que iria ser uma disputa interna igual a tantas outras.
Em conversa com um responsável governamental, perguntei-lhe: «Por que razão, logo após o chumbo do TC, o Governo não resolveu o problema aumentando o IVA, explicando que a culpa era dos juízes?».