O presidente da TAP, Fernando Pinto, afirmou hoje que fica na TAP durante o período de transição para os novos accionistas da companhia aérea portuguesa. Depois disso, “depende”, respondeu aos jornalistas, após a assinatura do contrato de venda ao consórcio vencedor, que decorreu no Ministério das Finanças.
O empresário David Neeleman, um dos parceiros do consórcio Gateway, que hoje assinou o contrato de compra de 61% do capital da TAP, afirmou que quer reforçar as ligações da companhia com os Estados Unidos e o Brasil.
O empresário português Humberto Pedrosa, que integra o consórcio que venceu a corrida à privatização da TAP, afirmou hoje que quer tornar a companhia aérea na melhor da Europa e que está nos negócios “para ficar”.
O ministro da Economia, António Pires de Lima, disse hoje, em Luanda, que as ligações aéreas de Portugal para os países africanos de língua portuguesa estão garantidas, após a privatização da TAP, além dos próximo dez anos.
Os trabalhadores da TAP reúnem-se hoje em plenário para demonstrar que não desistiram da luta contra a privatização, que consideram ser o caminho para a destruição de uma das mais importantes empresas do país.
Os advogados que trabalham com Germán Efromovich na privatização da TAP estão a analisar se há ou não margem para contestar a entrega da companhia aérea a Humberto Pedrosa e David Neeleman.
O Presidente da República disse hoje estar “mais aliviado” relativamente à privatização da TAP, considerando que tudo aponta para que a transportadora aérea possa permanecer autónoma, com uma base de operações em Portugal e satisfazendo o serviço público.
O secretário-geral do PS, António Costa, disse hoje que o Governo conduziu o processo de privatização da TAP com um “suspeitíssimo secretismo”, escondendo da opinião pública “dados essenciais”, mas afirmou-se tranquilizado por Bruxelas ainda ir avaliar o negócio.
O primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, reafirmou sexta-feira, no Fundão, que o processo da privatização da TAP “foi uma boa decisão” e manifestou a vontade de que o mesmo fique concluído “tão depressa quanto possível”.
O secretário de Estado dos Transportes, Sérgio Monteiro, revelou hoje que a ameaça do PS de reverter a privatização da TAP se constituir Governo levou os dois concorrentes a reclamar uma cláusula compensatória no contrato que o Estado recusou.
O deputado do PCP Bruno Dias criticou hoje a venda anunciada da TAP por uma “bagatela”, sublinhando tratar-se do “maior exportador nacional”.
O desfecho da segunda tentativa do Governo para privatizar a TAP está na reta final, com a avaliação das propostas finais e melhoradas dos dois concorrentes, podendo a decisão final ser tomada em Conselho de Ministros na quinta-feira.
O primeiro-ministro, Passos Coelho, afirmou hoje esperar que a providência cautelar contra a privatização da TAP não comprometa o processo, sublinhando que o tribunal ainda não decidiu, e recusou tecer comentários sobre as negociações com os interessados.
O ministro da Presidência, Marques Guedes, disse que a resolução fundamentada à providência cautelar sobre a privatização da TAP foi entregue hoje ao Supremo Tribunal Administrativo, desvalorizando os argumentos da Associação Peço a Palavra.
O Governo deverá contestar a providência cautelar que pede a suspensão da privatização da TAP, alegando o interesse público da venda da companhia aérea. Esta solução já foi utilizada antes e permitiu que o processo de privatização continuasse.
As propostas vinculativas e melhoradas dos dois candidatos que ainda estão na corrida à privatização da TAP, German Efromovich e David Neeleman, terão de ser apresentadas até às 17:00 do dia 05 de junho, segundo um despacho governamental.
Quatro sindicatos que dizem representar mais de 80% dos trabalhadores do Grupo TAP lançaram hoje uma declaração conjunta na qual se comprometem a lançar “todas as ações” necessárias para impedir a privatização da transportadora aérea.