O Governo acredita que as propostas dos empresários Gérman Efromovich e David Neeleman à compra do grupo TAP, dono da transportadora aérea nacional, podem vir a ser melhoradas no decurso do processo negocial.
O líder do grupo Synergy, Gérman Efromovich, manifestou hoje “satisfação” com a passagem da sua candidatura à compra da TAP à fase de negociação com o Governo português, pretendendo tornar a transportadora numa companhia de referência.
Dezenas de trabalhadores e sindicalistas protestaram hoje em Lisboa contra a privatização dos transportes, fazendo uma marcha entre o Largo de Camões e a Assembleia da República, e gritando palavras de ordem a pedir a demissão do Governo.
O Governo decidiu hoje em Conselho de Ministros passar dois candidatos à compra da TAP à fase de negociação, afastando o consórcio de Miguel Pais do Amaral e continuando a negociar com Gérman Efromovich e David Neeleman.
A Comissão de Trabalhadores da TAP anunciou hoje, em comunicado, que vai participar na “Marcha Contra as Privatizações”, marcada para o próximo dia 21 pela Federação dos Sindicatos de Transportes e Comunicações (Fectrans).
O Governo confirmou esta noite que recebeu três propostas vinculativas à compra de até 61% do grupo TAP, mas não avançou mais detalhes sobre os candidatos ou sobre os moldes em que concorrem à privatização.
O Governo recebeu pelo menos três propostas para comprar a TAP.
David Neeleman também já entregou a sua proposta para comprar a TAP, sabe o SOL.
O candidato German Efromovich já entregou a sua proposta para comprar a TAP, sabe o SOL.
O secretário de Estado dos Transportes afirmou hoje que o Governo se reuniu com potenciais concorrentes à privatização da TAP entre terça e quinta-feira e foi questionado sobre o “ruído” da oposição contra este processo.
O primeiro-ministro defendeu hoje que a privatização da TAP é importante para a companhia e para Portugal, independentemente dos valores, afirmando que a motivação do Governo é salvar a empresa e não fazer um encaixe financeiro.
O secretário-geral do PS criticou hoje o executivo PSD/CDS-PP por precipitar decisões de privatização, como a da TAP, “muito gravosas para o país” e que “governo algum em final de legislatura devia sentir-se legitimado para tomar”.
O primeiro-ministro afirmou ontem esperar que a greve na TAP não impeça a privatização da empresa e considerou que os pilotos devem pensar nas suas acções, reiterando que o Governo não vai intervir no processo.
Pelo menos sete entidades aceitaram assinar acordos de confidencialidade para consultar a documentação relativa à privatização de 66% da companhia aérea portuguesa.
O presidente da TAP, Fernando Pinto, escreveu aos pilotos a rejeitar o incumprimento do acordo firmado em dezembro, acusando o Sindicato dos Pilotos da Aviação Civil (SPAC) de invocar “acordos” inexistentes, distorcendo ou omitindo factos.
O vice-primeiro-ministro, Paulo Portas, defendeu hoje que a OGMA “teria soçobrado” se não tivesse sido privatizada há dez anos e é actualmente “um pilar muito grande do crescimento” da Embraer no continente europeu.
O secretário de Estado dos Transportes, Sérgio Monteiro, antecipou hoje que as privatizações da CP Carga e da EMEF deverão estar concluídas até ao final da legislatura, depois de terem sido hoje aprovadas em Conselho de Ministros.
O secretário de Estado dos Transportes, Sérgio Monteiro, anunciou hoje o dia 15 de Maio como data limite para que os interessados na privatização da TAP entreguem as respectivas propostas para a aquisição da transportadora aérea nacional.