Estudos e rankings geraram a uma batalha entre ex-ministros da Educação que puxam a si os louros dos resultados. O atual já respondeu.
As escolas com piores resultados nos exames são as que têm alunos mais velhos. E esta é uma diferença que salta à vista, sobretudo, no 9º ano.
Metade das escolas básicas tiveram média negativa nos exames nacionais de Português e Matemática no 9º ano.
Há mais escolas privadas com alunos que têm um percurso escolar de sucesso, tanto no básico como no secundário.
13 são públicas sendo as restantes 45 escolas privadas
Há poucas semanas, num jantar com amigos, discutia-se o ensino público e o ensino privado. Na sala estava uma mesma geração que, na esmagadora maioria, tinha estudado no ensino público – as duas exceções estudaram em dois colégios que, ainda hoje, se mantêm como referências do ensino de excelência. Esse mesmo grupo tinha agora os…
Apesar de reconhecer a utilidade dos rankings para as famílias e para os alunos, o ex-ministro da Educação alerta para o risco de juízos falaciosos que podem resultar destas avaliações.
Portugal foi dos países da Europa desenvolvida que mais tardiamente generalizou uma educação básica de nove anos a toda a sua população. Esta realidade explica, em parte, muitos dos nosso problemas e dificuldades estruturais.
Pela 16.ª vez consecutiva o Ministério da Educação, correspondendo à pressão da comunicação social mas também à de alguns setores da sociedade, disponibilizou dados de algumas variáveis de contexto escolar, trabalhadas posteriormente pela imprensa e que têm como resultado final os erradamente denominados rankings das escolas.
Se é das planícies alentejanas que surge a melhor escola pública básica do país – a D. Manuel I, em Beja -, a secundária que ocupa esta posição é bem no centro da capital, dividindo a paisagem com um bairro charmoso dos anos 50/60 e o megalómano edifício-sede da Caixa Geral de Depósitos. É na…
Estas semanas têm sido de divulgação de muitos indicadores sobre a Educação, seja a partir de testes internacionais (TIMMS e PISA), em que os alunos portugueses consolidaram uma progressão de 15-20 anos que nos trouxe da cauda para a metade cimeira da amostra, contrariando os discursos catastrofistas dos reformadores permanentes, seja a partir de indicadores…
Este ano há 236 escolas onde os professores deram uma nota três valores acima da classificação conseguida pelos alunos no exame nacional.
Foi preciso esperar pelo século XXI para que fossem, pela primeira vez, conhecidos os resultados globais das escolas públicas. Foram anos de insistência, por parte de muitas vozes ativas e de variada imprensa. E foram anos de polémica, que ainda não se encerrou totalmente, sobre os benefícios e os supostos malefícios de tal divulgação.
Escolas privadas com as notas mais altas nos exames nacionais cobram mensalidades acima do salário mínimo nacional.
Os rankings que são disponibilizados pelos media habitualmente hierarquizam as escolas de acordo com as médias dos exames nacionais. Embora, nos últimos anos, se tenham vindo a integrar variáveis de contexto, esta seriação de escolas compara, por vezes, o que não é comparável e oferece um retrato bastante parcelar do trabalho desenvolvido.
Em 2016, metade dos 308 concelhos teve uma média negativa nos exames do 3.º ciclo. Ou seja, a média das notas nos exames de Português e Matemática dos alunos do 9.º ano, destes concelhos, não ultrapassou os 50% (numa escala de 0 a 100%).
Sem surpresa as escolas privadas voltam a dominar os primeiros lugares dos rankings. Mas, entre as 100 escolas com as médias mais altas no secundário, este ano há mais nove escolas públicas. No 9.º ano duplica o número de escolas públicas entre as 100 melhores.