A Relógio D’Água cicatriza finalmente uma das maiores lacunas no meio editorial português, publicando a obra reunida do miúdo a quem chamaram um «místico em estado selvagem»
Desde o início da década de 1980 na edição, Francisco Vale é hoje o mais destacado editor literário português e somou mais um espetacular triunfo ao conquistar Agustina para o seu catálogo. Depois de resistir ao fenómeno da concentração editorial e crescer durante a crise, aliando o rigor dos critérios a uma gestão cautelosa, a…
Francisco Vale, editor da Relógio D’Água, que acaba de adquirir os direitos da obra de Agustina Bessa-Luís, dá entrevista ao Sol na edição que vai para as bancas amanhã. Ficam aqui dois excertos da entrevista que não couberam nas quatro páginas.
No ano em que se cumprem o centenário do seu nascimento e os 50 anos da morte, a escritora que melhor captou o ditado das vidas invisíveis do Sul da América tem vários dos seus livros relançados em Portugal, pela Relógio d’Água
Uma oferta bem acima da procura é o resultado da forma como o meio editorial prossegue a sua fuga para a frente na tentiva de contornar a crise económica e o escasso número de leitores
Cândido ou O Optimismo, contemporâneo de uma época em que o terramoto de Lisboa reequacionou o problema do mal no mundo, satiriza o optimismo leibniziano, numa novela picaresca e vertiginosa.