Em causa está um crime de falsificação de documento.
A gravação tem cerca de oito horas, e será ouvida em partes ao longo das primeiras sessões do julgamento.
O coletivo de juízes entende que “a aptidão mental não é um requisito para a prestação de declarações pelo arguido
O julgamento será realizado no Tribunal Central Criminal de Lisboa, no Campus de Justiça.
Recorde-se que, na segunda-feira, a defesa de Salgado pediu ao tribunal que o arguido fosse dispensado de comparecer no julgamento, que tem início já na próxima semana, tendo como base a sua doença de Alzheimer.
Ricardo Salgado é dos arguidos que beneficia da decisão judicial.
Faz 10 anos no dia 3 de agosto que foi anunciado o colapso do Banco Espírito Santo. Apesar dos problemas que já existiam, a notícia provocou quase um tsunami e o sistema financeiro não voltou a ser o mesmo. Na altura, o Estado português emprestou 3,9 mil milhões de euros ao Fundo de Resolução.
Segundo a investigação do DCIAP, foram apuradas vantagens decorrentes da prática dos crimes indiciados no montante global de mais de 12 milhões de euros
A acusação do processo BESA foi conhecida em julho de 2022
A ‘doação’ vem de dinheiro desviado pelo banqueiro do GES, crime pelo qual já foi condenado.
O acórdão hoje proferido pelos juízes Ana Paula Rosa, João Claudino e Ema Vasconcelos é arrasador para Manuel Pinho, que saiu condenado a 10 anos de prisão efetiva, por dois crimes de corrupção, um de branqueamento e um de fraude fiscal.
Foram ambos condenados por corrupção ativa, no caso de Salgado, e passiva, no caso de Pinho, além de branqueamento de capitais.
Para o antigo presidente do Banco Espírito Santo (BES), Ricardo Salgado, o MP pediu seis a sete anos de pena de prisão efetiva.
Segundo o Ministério Público a derrocada do GES terá causado prejuízos superiores a 11,8 mil milhões de euros
Pena pode ser suspensa devido à situação clínica de Salgado, que foi diagnosticado com a doença de Alzheimer.
Peritos tinham concluído que ex-banqueiro podia ser interrogado judicialmente.
Maria João Salgado foi ouvida no processo EDP onde sublinhou a progressão da doença de Alzheimer do ex-banqueiro.
Os crimes de falsificação de documento e de infidelidade no caso BES prescrevem entre agosto de 2024 e março de 2025
Depoimento do antigo presidente do BES Investimento contraria as declarações de Manuel Pinho em tribunal.