Padre descreveu antigo banqueiro como “um homem íntegro, com valores e regras humanas e sociais bem definidas”.
A defesa do ex-banqueiro pedira a suspensão do julgamento extraído da Operação Marquês, no qual Ricardo Salgado está a ser julgado por três crimes de abuso de confiança, com base num diagnóstico de doença de Alzheimer.
O requerimento, que deu entrada no tribunal em 14 de outubro, confirma os “sintomas de declínio cognitivo progressivo”.
“Um homem disponível e sério sempre que lidou connosco”, afirmou Carlos Silva.
A defesa alega que o ex-banqueiro apresenta sinais de “lapsos de memória” e desgaste “emocional, físico e psicológico”
Ex-banqueiro beneficiou de medida covid-19 para não ir a tribunal, mas situação de pandemia não o impediu de viajar para a Suíça e a Sardenha.
Em causa está o processo dos lesados do Banco Espírito Santo (BES), ou seja, a venda de dívida de empresas do Grupo Espírito Santo aos balcões do BES e que levou a fortes perdas para muitos investidores.
Francisco Roseta Fino desmentiu em tribunal as explicações dadas por Ricardo Salgado para a transferência de quatro milhões de euros do ‘saco azul’ do Grupo Espírito Santo para uma offshore do banqueiro.
O coletivo de juízes tomou a decisão baseada nas circunstâncias da pandemia de covid-19.
Defesa alegou que Ricardo Salgado não era o único a dar ordens na Espírito Santo Enterprises, como não foi o único a receber dinheiro.
A próxima sessão está marcada para o dia 6 de julho.
O julgamento deverá iniciar-se na próxima segunda-feira, 14 de junho.
O juiz Ivo Rosa aceitou prolongar o prazo.
Salgado irá a julgamento por três crimes de abuso de confiança.
Ricardo Salgado, Armando Vara, Zeinal Bava e Henrique Granadeiro também estão acusados.
Deveríamos seguir o exemplo da Islândia, da Dinamarca e da Finlândia. Estes países não têm medo em colocar atrás das grades figuras públicas sem escrúpulos que roubam descaradamente
Peço ao Professor António Costa e Silva para dar prioridade absoluta a uma única frase de entre as suas 120 páginas: ‘ter uma justiça eficiente e eficaz’.
Salgado pediu a Passos apoio para o BES através da CGD, mas o então primeiro-ministro rejeitou.