Rui Rangel, Luís Filipe Vieira e restantes arguidos vão a julgamento por todos os atos de que estavam acusados. Em causa estão crimes de corrupção passiva e ativa para ato ilícito, recebimento indevido de vantagem, abuso de poder, usurpação de funções, falsificação de documento, fraude fiscal e branqueamento.
Fernando Brito é, na verdade, formado em Informática de Gestão.
Para o Ministério Público são “inquestionáveis” os factos que indicam que o ex-presidente do Benfica ofereceu bilhetes ao juiz desembargador Rui Rangel em troca de informações sobre caso no qual estava envolvido no tribunal de Sintra.
Acusação do Ministério Público será conhecida nos próximos dias.
Rui Rangel terá alavancado o seu estilo de vida de luxo em colaborações com países africanos. Nem sempre recebia em numerário. O antigo juiz também pedia identidades de marroquinos para se safar com as multas de trânsito.
No recurso apresentado, Rangel alegou que não foi julgado e condenado em processo criminal e que o órgão disciplinar não o podia condenar antes de o processo crime estar decidido.
O antigo presidente da Relação de Lisboa afirma que não teve “qualquer benefício” com qualquer atitude que teve durante o cargo.
A decisão foi tomada por maioria dos membros do plenário do CSM, com apenas um voto contra.
“Sinto que não tenho liberdade para decidir questões relacionadas com a Operação Marquês. E, mais que isso, tenho medo”, explicou Rangel.
Juiz está indiciado por corrupção na Operação Lex e esteve suspenso mais de um ano. Agora que voltou foi-lhe atribuída a decisão sobre dois recursos no âmbito de processos relacionados exatamente com crime de corrupção.
Ivo Rosa considera que emails de Lalanda de Castro apreendidos na Operação Marquês não podem ser usados no caso conhecido como Máfia do Sangue. Recurso do MP está nas mãos de Rui Rangel, arguido no caso Lex.
Supremo Tribunal de Justiça chumbou o pedido do juiz do Tribunal de Relação para garantir “prestígio e credibilidade do exercício judicativo”
Juiz Rui Rangel foi suspenso de forma preventiva
Juízes desembargadores são arguidos no caso que investiga suspeitas de corrupção.
A diretora dos serviços hoteleiros do Centro Hospitalar de Lisboa Ocidental, Natércia Pina, apesar de ser suspeita de burla no setor e constituída arguida, continua em funções. E os seus funcionários dizem-se vítimas de maus tratos.
Natércia Pina, arguida em processos de burla ao Estado, era cliente do juiz Rui Rangel, para este a ‘ajudar’ nos processos. Em troca, pagava-lhe despesas através do testa-de-ferro de Rangel, o advogado Santos Martins. Na última campanha para o PSD, Natércia apoiou ativamente Rui Rio.
Os processos de Rui Rangel e José Sócrates parecem tirados a papel químico. Os mesmos esquemas de ocultação do dinheiro, a utilização de testas-de-ferro, o recurso aos ‘serviços’ das ex-mulheres ou de companheiras, o pagamento de despesas pessoais por terceiros. É isso que confirma o despacho do Ministério Público a que o SOL teve acesso.
Juízes desembargadores são acusados de corrupção, recebimento indevido de vantagem, branqueamento de capitais, tráfico de influência e fraude fiscal