Disputa interna entre o atual líder do PSD e Paulo Rangel foi alvo dos comentários de Marques Mendes.
Caso os socialistas não reforcem a maioria no Parlamento, a vida ficar complicada para António Costa continuar a governar, depois de as relações com o PCP e com o BE terem azedado.
Importa, finalmente, que se instale algum bom senso na vida interna do PSD. Houve precipitação na marcação das diretas sem ponderar a chamada de atenção sobre a probabilidade de início de uma crise política, na criação de episódios equívocos que envolveram o Presidente da República e nas confusões intencionalmente lançadas sobre as intenções do líder…
Rui Rio diz que as “eleições têm de ser o mais depressa possível” e que não vale a pena “andar aqui a arrastar uma Assembleia da República que sabe que vai ser dissolvida e que não tem força política”.
Sem prejuízo de ter de passar pelas diretas de 4 de dezembro e pelo congresso que deverá ser antecipado para dia 18 seguinte, Rio avança para uma nova AD com o CDS de Rodrigues dos Santos. Aposta em reeditar a coligação de Moedas, se possível alargada ao IL. Rangel discorda.
Sublinhe-se que, já esta semana, Rio tinha dito que era “muito estranho” o facto de Marcelo ter recebido Rangel numa audiência em Belém e considerou que se esta serviu para falar sobre prazos eleitorais “não é minimamente aceitável”.
O encontro estava marcado para esta sexta-feira, em Aveiro.
O Presidente da República fez as contas para eleições em janeiro. Agora, parece mostrar abertura para fevereiro.
O líder do PSD diz que o país ficou “numa situação de ingovernabilidade”.
Presidente recebeu Rangel em Belém esta terça-feira.
Há ainda quem conspire que deputados rangelistas poderiam faltar à votação para adiar eleições.
Chumbo do PCP caiu que nem uma bomba junto do Executivo que poderá ceder a todas as exigências ou poderá levar António Costa a querer eleições antecipadas.
Foram as bases que motivaram Rio a recandidatar-se no dia 4 de dezembro. ‘Recebíamos mensagens de tudo o quanto era lado’, disse o líder do PSD na apresentação da candidatura
Na ótica de Rui Rio, apesar de o partido não ter sido o “grande vencedor” das eleições autárquicas de 26 de setembro, os resultados mostram “uma inversão da tendência de voto ascendente para o PSD e descendente para o PS”.
A posição do ex-ministro do Ambiente surge horas depois de Rui Rio confirmar a sua recandidatura.
Depois de ter ‘apressado’ a marcação do congresso eletivo, o líder centrista veio admitir agora o seu adiamento.
Partido acredita que proposta não “priveligia aquilo que é importante”.