Sarajevo, o sinónimo de tolerância. De paz, de respeito, de tudo o que representa a vida em harmonia. Será irónico dizer isto de uma cidade que foi tão destruída pela guerra ainda há tão pouco tempo, mas Sarajevo não guarda ressentimentos face àqueles que a visitam.
O rio Miljacka, que atravessa a capital da Bósnia e Herzegovina, corre independentemente do que testemunha. As águas turvas, baixas, onde centenas de corvos se banham, viu a história da humanidade dar várias reviravoltas nas suas margens
“O que é que ele está a gritar?”, pergunto à rapariga ao meu lado, que não terá mais de 18 anos. “Hum, não tem bem tradução…”, responde-me, e ambas olhamos para o miúdo que grita mais alto do que a sua própria altura. “Está-lhes a chamar porcos, macacos, coisas assim. O normal no futebol”. E…
Autocarros que parecem salas de convívio, o aroma que anuncia o frio de Outono. As mãos geladas e o coração quente. Estamos na capital da Bósnia e Herzegovina e tudo o que se aproxima é inesperado