A Federação de Sindicatos da Administração Pública (Fesap) manteve-se hoje contra a proposta de tabela única de suplementos, acusando o Governo de deixar “sempre” sem resposta as questões levantadas pelos sindicatos.
O Governo e os sindicatos da Administração Pública voltam hoje a discutir a proposta de tabela única de suplementos, que determina que os subsídios passem a corresponder a um montante pecuniário fixo e que sejam pagos apenas 12 meses.
O sindicato que convocou a greve de médicos para terça e quarta-feira denuncia um clima de medo e perseguição, mas garante que isso não o impedirá de lutar contra “a destruição” do sector, ponderando novos protestos.
A reintrodução dos cortes salariais na função pública acima dos 1.500 euros vão estar hoje em discussão entre o secretário de Estado da Administração Pública, Leite Martins, e três sindicatos dos trabalhadores do Estado.
A exigência surge na sequência do anúncio feito hoje, no Conselho de Ministros, em que o Executivo de Passos Coelho aprovou a Contribuição de Sustentabilidade que “vai afectar todos os trabalhadores e reformados”, sublinha a Frente Comum dos Sindicatos da Administração Pública em comunicado.
Uma professora que depois das aulas trabalha num call center e um aluno do Ensino Superior que teve de interromper os estudos para ir trabalhar são reflexos da crise em Portugal que a FNE identificou para um projecto europeu.
O Governo quer prolongar o corte nas horas extraordinárias e reduzir a dois anos a vigência das convenções colectivas. Estes são duas das medidas que hoje vão a discussão na concertação social, com a presença dos ministros Paulo Portas e Pedro Mota Soares.
O presidente do Sindicato Nacional de Polícia (SINAPOL) acusou hoje o ministro da Administração Interna (MAI) de “recorrer a ataques pessoais” e de devassar a sua vida privada, numa “clara tentativa de silenciar” o SINAPOL.