Reivindicação de seis anos, seis meses e 23 dias ganha hoje, 6/6/23, um simbolismo especial.
Em comunicado, divulgado esta terça-feira, a empresa informa que o consenso “é uma prova da equidade e do compromisso da CP em valorizar todos os seus trabalhadores, bem como do trabalho desempenhado pelos sindicatos na representação dos seus associados”.
Arrancaram novas greves e manifestações, após a última reunião entre o Ministério da Educação e os sindicatos. Novo regime de contratação de professores está debaixo de fogo.
“Este passo não é dado de ânimo leve. Temos a razão do nosso lado e a total convicção que a nossa reivindicação é justa. Antecipamos um verão bem quente, pois a empresa continua a desconsiderar os tripulantes”, explica o sindicato.
O protesto contesta o novo regime de concursos, reivindicando o tempo de serviço que esteve congelado, atualização dos salários e das condições de trabalho.
Sindicato vai também organizar uma greve em maio, na altura em que começam as provas de aferição para os 1.º, 2.º e 3.º ciclos.
Protesto surge depois da recusa do Governo em aceitar a proposta apresentada pelos sindicatos para a integração dos trabalhadores da Polícia Judiciária.
Em comunicado, os sindicatos informam que as ações de hoje começam com um “apagão de protesto” – uma paralisação nas infraestruturas de Portugal (IP) e a CP que durará entre as 10h00 e as 11h00.
“O tempo vai passando e os aumentos atribuídos pela empresa não são bastantes para enfrentar o aumento do custo de vida”, lamentaram os sindicatos.
Ministério e sindicatos estão reunidos para nova ronda de negociações.
Há um vazio na luta dos trabalhadores e todos os partidos políticos querem ocupá-lo. Já não são só os dirigentes do PCP e do BE que marcam presença nas ruas. Até o insuspeito Nuno Melo apareceu recentemente numa manifestação de professores.
Estarão os sindicatos tradicionais a perder terreno face a novos protagonistas? Aquilo a que assistimos é antes um rejuvenescimento da atividade sindical, acreditam especialista ouvidos pelo i.
Escolas terão de assegurar pelo menos três horas de aulas no ensino pré-escolar e 1º ciclo, assim como três tempos letivos diários por turma no 2º e 3º ciclos e ensino secundário.
Mais de 30 mil professores disseram estar disponíveis para novas greves, incluindo às avaliações do segundo período e aos exames nacionais.
Enquanto o dirigente da Fenprof acusa o Governo de ‘voltar atrás’ em algumas matérias, garantindo que assim não haverá acordo nenhum, a PGR considera a greve ‘self-service’.
“Temos mandato para greve por tempo indeterminado e estamos a cumprir todos os requisitos legais para manter essa greve, apesar dos serviços mínimos”, disse André Pestana.
Sindicatos vão ser recebidos em Belém, mas o chefe de Estado não estará presente nas reuniões. Marcelo diz que apenas quis “corresponder a uma solicitação dos últimos dias e da última semana dos professores”.
A falta de resposta das duas empresas às propostas de valorização salarial apresentada pelos trabalhadores é o motivo desta paralisação.