O Sindicato Nacional do Pessoal de Voo da Aviação Civil critica a empresa por ignorar as diversas tentativas de resolução de questões laborais.
“Este passo não é dado de ânimo leve. Temos a razão do nosso lado e a total convicção que a nossa reivindicação é justa. Antecipamos um verão bem quente, pois a empresa continua a desconsiderar os tripulantes”, explica o sindicato.
Acordo alcançado com SNPVAC prevê cortes salariais.
Os associados do Sindicato Nacional do Pessoal de Voo da Aviação Civil (SNPVAC) vão às urnas na quinta-feira, dia 25, e na sexta-feira, dia 26. Neste primeiro dia, votam os trabalhadores da Portugália e, no seguinte, é a vez dos tripulantes da TAP.
A companhia volta a perder depois de, em janeiro, ter sido obrigada a reintegrar nove tripulantes no Porto. Empresa vai recorrer da decisão.
Acordo acontece após dez horas de reunião com a empresa.
Tal como o Nascer do Sol adiantou em primeira mão, Governo, TAP e plataforma de oito sindicatos fecharam acordo. Fonte próxima do processo de negociação entre Governo, TAP e sindicatos que representam os trabalhadores de terra garantiu ao i que “se chegou a um texto que as partes consideram aceitável”.
Em causa estaraão negociações no âmbito da crise provocada pela pandemia de covid-19. SNPVAC apresentou queixa ao Governo e ACT contra companhia aérea irlandesa.
Em causa, estão os pagamentos dos salários dos tripulantes de cabine em maio que, em muitos casos, ficaram abaixo do salário mínimo nacional: entre os 300 e 400 euros, segundo apurou o i. SNPVAC recorda que companhia aérea garantiu nunca pagar abaixo do salário mínimo.
Segundo o sindicato, a companhia áerea de baixo custo irlandesa “está claramente a aproveitar-se” do atual contexto da pandemia “à custa dos seus colaboradores, nomeadamente dos tripulantes de cabine”.
Em comunicado, o SNPVAC recorda que “sempre defendeu que o Estado português deveria ter um papel fundamental e relevante na comissão executiva da companhia aérea.
Henrique Louro Martins, Presidente do SNPVAC, refere que “é urgente tomar medidas mais fortes e exigentes, que abranjam também, e de imediato, o Grupo TAP”