O relatório preliminar sobre o inquérito parlamentar relativo à aquisição de equipamentos militares pelo Estado português ficou quinta-feira por entregar aos serviços devido à desformatação do texto, segundo fonte do grupo parlamentar do PSD.
No CDS, e no gabinete do vice-primeiro-ministro, Paulo Portas, não há reacções oficiais às notícias desta quinta-feira nos jornais i e Correio da Manhã que voltam a trazer a público os casos da compra dos submarinos e dos blindados Pandur, um tema incómodo para o partido liderado por Portas. .
Para além dos cinco clãs da família Espírito Santo, houve uma sexta pessoa que recebeu uma parte da comissão da Escom, paga pela empresa alemã no negócio dos submarinos.
O Bloco de Esquerda, o PS e o PCP requereram hoje a convocação de uma reunião extraordinária para marcação de novas audições e suspensão dos trabalhos relativamente ao programa de aquisição de equipamentos militares.
O PS propôs hoje a visita de uma delegação da comissão parlamentar de inquérito à compra de material militar a um dos submarinos comprados por Portugal ao consórcio alemão GSC, na base naval do Alfeite.
Os deputados aprovaram esta quarta-feira uma data para a conclusão da Comissão de Inquérito dos submarinos, que tem de estar encerrada até dia 8 de Outubro.
Os deputados do PS na comissão parlamentar de inquérito à compra de material militar voltaram hoje a convocar o antigo ministro da Defesa Paulo Portas para prestar esclarecimentos adicionais sobre os submarinos alemães.
O colaborador da empresa ESCOM Miguel Horta e Costa, consultor do consórcio alemão que forneceu submarinos a Portugal, assumiu-se hoje, numa atribulada audição parlamentar, como mentor da participação do Grupo Espírito Santo (GES) naqueles negócios.
O ministro da Defesa Nacional, José Pedro Aguiar-Branco, defendeu hoje a utilidade dos dois submarinos alemães adquiridos por Portugal, adiantando terem executado um total de 38 missões desde 2011 e 13.135 horas de navegação.
O ex-ministro da Defesa Nuno Severiano Teixeira assumiu hoje que teria comprado um navio polivalente logístico em vez de adquirir submarinos para a Marinha, caso a opção se tivesse colocado durante o seu mandato.
O antigo ministro da Defesa Paulo Portas justificou hoje a opção pela compra de submarinos alemães em 2003 com a “vetustez” dos equipamentos com a qual se deparou, sublinhando ter sido poupado um total de mil milhões de euros.
A comissão de inquérito à compra de equipamentos militares aprovou hoje as propostas de deputados da maioria PSD/CDS-PP, PS e PCP para ouvir cerca de 40 personalidades, devendo começar pelos chefes militares e ex-ministros da Defesa.
O Ministério Público recorreu da absolvição dos arguidos no processo relativo às contrapartidas dos submarinos.