Tomás Correia avançou com um processo contra a Caixa Geral de Depósitos a exigir que o valor da sua pensão seja recalculado.
Em causa está uma coima de 400 mil euros ao Banco Montepio e 150 mil euros ao ex-presidente da instituição financeira.
PJ levou ontem a cabo uma megaoperação de buscas em instituições bancárias, como o Montepio Geral, casas, incluindo a de Tomás Correia, e sedes de empresas.
A renúncia de Tomás Correia não implica, estatutariamente, a convocação de eleições. Mas já começaram as movimentações, as conspirações e a contagem de espingardas.
O ainda presidente da Mutualista diz que só se recandidatou para cumprir quatro objetivos que entretanto foram alcançados. Saída será a 15 de dezembro.
Instituição liderada por Carlos Costa vai recorrer da decisão do Tribunal da Concorrência que anulou as coimas a Tomás Correia e outros ex-administradores do Banco Montepio.
Saída de Luís Guimarães da administração e situação de Dulce Mota como CEO interina do banco são assuntos que estarão em cima da mesa.
Comissão de Trabalhadores fez um inquérito interno para avaliar o clima organizacional do banco. Liderança é um dos temas escurtinados, assim como a ligação à Associação Mutualista. Conclusões irão ser conhecidas quase na véspera de apresentação de resultados.
Atual CEO, Dulce Mota, não concorda com o Banco de Empresas Montepio, projeto lançado por Carlos Tavares. Tomás Correia já foi obrigado a intervir para tentar conciliar as partes.
Questões como idoneidade e experiência terão de passar pelo crivo da ASF. Além de Tomás Correia, também Luís Almeida e Idália Serrão poderão levantar dúvidas e levar o regulador a pedir substituição total ou parcial da atual administração.
Para constitucionalistas ouvidos pelo SOL, o despacho publicado na sexta-feira pelo Governo é ad hominem, dirigida a Tomás Correia, e por isso viola direitos fundamentais.
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A criação da comissão de revisão de estatutos será o primeiro teste que Tomás Correia terá de enfrentar. O SOL sabe que o presidente reeleito quer pessoas da sua confiança, mas as listas derrotadas também querem ter presença.
Os novos estatutos, que terão de ser publicados até dia 2 de setembro, poderão levar à realização de novas eleições. A diferença na duração de mandatos, de três para quatro anos, poderá ser uma das justificações para levar a cabo um novo ato eleitoral.
Mais de 47 mil associados votaram. António Godinho ficou em segundo lugar, enquanto Ribeiro Mendes ficou em terceiro.
Polémicas em torno do processo eleitoral e idoneidade de Tomás Correia têm estado no centro da campanha. Eleições estão marcadas para dia 7, mas a maioria dos associados já votou por correspondência.