O ministro da Defesa Nacional, o chefe do Estado-Maior-General das Forças Armadas e o chefe do Estado-Maior do Exército vão ser ouvidos sexta-feira no Parlamento sobre operação.
Em causa está uma audição do ministro da Defesa, João Gomes Cravinho, no Parlamento devido à Operação Miríade – que investiga o caso de tráfico de diamantes, ouro e droga por parte de militares portugueses em missões humanitárias na República Centro-Africana (RCA).
O chefe de Estado destacou que “não é um ou dez casos” que possam vir a acontecer que vão abalar a reputação dos militares portugueses, aludindo à Operação Miríade.
‘São artistas que chegam lá com o esquema montado’, queixa-se ex-comandante dos Comandos ao Nascer do SOL.
O caso Miríade não podia vir em pior altura, estando o Kremlin a lançar uma campanha de propaganda contra a MINUSCA. Teme-se até a violência da população contra a missão.
Paulo Nazaré, o Comando considerado o cérebro do tráfico de diamantes, esteve apenas seis meses na República Centro-Africana. O militar forjou um laço com Michael Oliveira. Os dois pertencem a gangues da Amadora.
A PJ mandou verificar a qualidade dos diamantes e os resultados foram surpreendentes: três diamantes em bruto têm um valor comercial de cerca de 81 euros, enquanto os cinco lapidados valem 209 euros, perfazendo um total de 290 euros.
O CEMGFA poderia ter avisado o chefe da Casa Militar de Marcelo mas optou por não o fazer. E ex-governante não acredita que Costa não estava a par de tudo.
Adão Silva revela uma “perplexidade imensa” por Gomes Cravinho ter omitido “uma informação de tamanha importância e responsabilidade, que forneceu às Nações Unidas”. “Teve um comportamento de deslealdade em relação ao primeiro-ministro e em relação ao Presidente da República”, frisou.
Controlo foi reforçado depois de serem conhecidas as suspeitas.
Costa diz que também não tinha conhecimento do caso.
Os restantes nove arguidos ficaram sujeitos a apresentações periódicas às autoridades.
A falta de pagamento de uma comissão ao intermediário entre os Comandos e as redes de tráfico na RCA terá levado à denúncia, em 2019, que agora culminou na Operação Miríade.
André Ventura quer saber se o ministro da Defesa avisou o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, sobre as suspeitas e, “se sim, quando”. Caso a resposta seja negativa, quer saber se “não o foi por omissão ou por normal decorrer dos trâmites normais nestas situações, ainda que o senhor Presidente da República seja…
Membros de gangues terão infiltrado as Forças Armadas para formar redes de tráfico de droga, ouro e diamantes. As ligações com países ‘instáveis’ como a RCA são o objetivo, e a rede pode chegar à PSP e à GNR.
Operação visou o cumprimento de mandados de busca por alegados envolvimentos em furtos, roubos e tráfico de droga.
Esta segunda-feira, o ministro da Defesa, João Gomes Cravinho, revelou que soube das suspeitas em dezembro de 2019 e que informou a ONU nos primeiros meses de 2020.
O ministro da Defesa adiantou ainda que foi informado sobre as suspeitas de tráfico de diamantes e ouro em missões na RCA em dezembro de 2019 pelo Chefe do Estado-Maior-General das Forças Armadas (CEMGFA)