O secretário de Estado adjunto do primeiro-ministro, Carlos Moedas, afirmou hoje que haverá um segundo resgate “se tudo correr mal”, sublinhando que “foi assim que começou o programa” de assistência externa.
Termina oficialmente neste sábado o programa de assistência externa. Fazemos a cronologia do resgate e olhamos para os efeitos das medidas de austeridade.
As vendas para o exterior aumentaram 24% desde a entrada da troika e já representam 41% do PIB. Turismo, vinho, calçado e têxtil foram os sectores que mais contribuíram para o crescimento. A inovação e a qualidade são os novos factores de competitividade.
Queda do consumo, aumento do IVA e subida das rendas provocaram o encerramento de quase 9.000 restaurantes nos últimos anos. Surgem novos conceitos, mas duram pouco tempo.
Incumprimento e saída do euro seriam inevitáveis. Certificados de aforro seriam trocados entre privados como meio de pagamento.
O programa de assistência financeira da troika acaba hoje, com um país diferente. O défice externo foi eliminado, as contas públicas melhoraram e a capacidade de financiamento está restaurada. Ficam um milhão de desempregados e a carga fiscal mais elevada de que há registo. Saíram 300 mil portugueses do país, o equivalente a 3% da…
Ao fim de três anos de austeridade e de aplicação do programa de resgate financeiro da troika, o que mudou de essencial em Portugal?
O documento de estratégia de médio prazo, que vai ser apresentado amanhã no Conselho de Ministros extraordinário para assinalar a ‘saída da troika’, é classificado de confidencial e está envolto em grande secretismo.
Depois de três anos marcados por fortes medidas de austeridade e aumentos de impostos, o programa da troika termina amanhã. O país não é o mesmo. Ganhou capacidade para financiar-se de forma autónoma, tem as contas públicas mais equilibradas e reduziu o défice externo com o dinamismo das exportações. Mas há feridas por sarar. Um…